Icó. Um grupo de 50 produtores rurais da região do Capim Pubo, na zona rural deste município, será beneficiado com a liberação de R$ 300 mil do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), modalidade C. Os recursos serão investidos em: bovinocultura de leite, ovinocaprinocultura, criação de galinha caipira, de peixe em tanque, produção frutas e agroindústria (panificação).
Essas ações produtivas fazem parte do Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Região Capim Pubo, criado pela Organização Não Governamental (ONG) Cantos do Salgado. O programa foi lançado durante encontro Café com os Agricultores, no salão comunitário do Sítio Salgadinho.
Segundo o diretor técnico e financeiro da ONG, Gildomar Gonçalves, até o fim deste ano todos os projetos de financiamento serão liberados pela agência do BNB, em Iguatu. Essa é a primeira ação da ONG Cantos do Salgado, fundada em abril passado. O objetivo do projeto é promover a geração de emprego e renda na comunidade, fortalecer a cadeia produtiva da agricultura familiar, oferecer produto de qualidade e facilitar a inclusão social.
O diretor administrativo da Cantos do Salgado, Cícero Bonfim Ribeiro, destacou o caráter pioneiro da instituição, no município. "Queremos contribuir com a geração de emprego e renda no campo, melhorando a vida das famílias", observou. Ao fim do evento, foi assinado um protocolo de intenções entre as instituições parceiras do projeto de desenvolvimento sustentável Vale do Capim Pubo. Além da ONG, participam a Escola Agrotécnica Federal de Iguatu (EAFI), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Icó e o Banco do Nordeste (BNB).
A comunidade de Capim Pubo foi escolhida por apresentar potencialidade econômica e bom nível de organização comunitária. Nos últimos dois meses, houve visita dos técnicos da ONG e reuniões com os agricultores para orientação e definição das atividades produtivas. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Icó, Lourival Teixeira, fez uma avaliação positiva do projeto. "Tem tudo para dar certo porque surge no momento oportuno de valorização da agricultura familiar".
O diretor da EAFI, Ivan de Souza, fez uma apresentação sobre as características do semi-árido e a necessidade de implantação de projetos de convivência com a seca, como cisterna de placas, barragens subterrâneas, e o cultivo de culturas que não necessitem de elevada quantidade de água.
Investimento
O produtor José Bandeira da Silva (Zé Valmir) que já dispõe de um projeto Mandala (produção de hortaliças) está animado com o programa. Pretende investir os recursos do Pronaf, R$ 6 mil, em infra-estrutura, cercar a propriedade, adquirir equipamentos de irrigação e cultivar hortaliças e fruteiras. "Estou animado". O gerente da agência do BNB em Iguatu, Raimundo Neto, destacou a importância do projeto por apresentar o objetivo de incentivar a produção e se preocupar com o meio ambiente e com a sustentabilidade econômica.
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