O projeto Monitoramento do Orçamento Criança, desenvolvido pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca), foi o ganhador do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2007, na categoria Direitos da Criança e do Adolescente. O anúncio dos vencedores em oito categorias aconteceu segunda-feira à noite, em Brasília, com a presença de diretores do Banco do Brasil e cerca de 1.500 convidados de todo o País que lidam com experiências alternativas na área social. O Ceará também teve como finalista, na categoria Regional Nordeste, o projeto Pirambu Digital. Nessa categoria, venceu a tecnologia social Policultura no Semi-Árido, desenvolvida pelo Instituto de Permacultura da Bahia.
A premiação foi criada em 2001 com periodicidade bianual, visando identificar experiências de tecnologia social pelo país. Desde então, todos os trabalhos, independente de terem sido vencedores nas respectivas categorias, passaram a compor o Banco de Tecnologias Sociais (BTS) do Banco do Brasil. Atualmente estão catalogados 400 tecnologias sociais desenvolvidas por ONGs, instituições do terceiro setor, movimentos sociais, universidades, centros de pesquisas e empresas privadas.
Nesta edição, o prêmio recebeu 782 inscrições, das quais 120 práticas foram certificadas como tecnologias sociais. A maior parte das inscrições certificadas foi enviada da região Sudeste (42), seguida do Nordeste (36) e Sul (22). O Centro-Oeste teve 12 tecnologias sociais certificadas e o Norte, oito. Além dos vencedores por região, três outras categorias estavam em disputa: Aproveitamento/tratamento de rejeitos/resíduos/efluentes de processos produtivos; Direitos da Criança e do Adolescente; e Gestão de Recursos Hídricos. Cada vencedor recebeu R$ 50 mil que deverão ser destinados a atividades de expansão, aperfeiçoamento ou replicação do projeto premiado.
O bom número de inscrições este ano ao Prêmio, não surpreendeu o presidente da Fundação BB, Jacques de Oliveira Pena. A partir da primeira edição, a quantidade de inscritos só aumenta. Em 2001 foram 523. Já no ano de 2003 inscreveram-se 634. Número que subiu para 658 em 2005. Para Jacques, isso mostra que o Brasil tem experiências muito positivas no campo da tecnologia social que precisam ser mostradas.
No ano de 2007 o Nordeste apareceu como a segunda região com o maior número de inscritos (188), perdendo para o Sudeste, com 311. O Ceará ficou em segundo lugar em termos de projetos apresentados na região nordestina (43). A Bahia teve 48 trabalhos apresentados. Já quanto a projetos certificados, o Ceará foi o primeiro do Nordeste e o terceiro no país, com 13 trabalhos. As certificações são uma maneira de qualificar os projetos para futuras iniciativas, afirma Pena, já que nem todos podem ir para a final.
Como critérios de julgamento para os finalistas e certificações, a Fundação BB utiliza aspectos como inovação, exemplaridade, transformação social e potencial de reaplicabilidade. Quanto ao último item, a intenção da Fundação, com a disponibilização em seu site do Banco de Tecnologias Sociais, é que essas experiências possam servir de referencial para outras iniciativas.
O jornalista viajou a convite da Fundação Banco do Brasil FONTE: O Povo ? CE
WhatsApp
