Brasília vai parar para ver, conhecer e escutar as dezenas de milhares de trabalhadoras do campo e da floresta que chegam à capital a partir de segunda-feira (15). Elas vão compor a Cidade das Margaridas, no Parque da Cidade (ao lado do Pavilhão de Exposições), de onde partem em marcha para a Esplanada dos Ministérios na quarta-feira (17). Antes da marcha em si, uma programação intensa movimenta o Pavilhão do Parque.
No dia 16 (terça-feira), as atividades na Cidade começam às 9h com a inauguração da Mostra Nacional da Produção das Margaridas, onde o público poderá conhecer o artesanato e os produtos da agricultura familiar. Nesse mesmo horário, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aplica questionário inédito às mulheres sobre as condições de vida, saúde e trabalho. Às 9h30, acontece o lançamento da Campanha contra os Agrotóxicos, seguida por dois painéis de debate sobre o lema da Marcha deste ano: Desenvolvimento Sustentável com Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade. O primeiro foca em biodiversidade e democratização dos recursos naturais; terra, água e agroecologia; soberania e segurança alimentar e nutricional; autonomia econômica, trabalho e renda. O segundo painel debate saúde pública e direitos reprodutivos; educação não sexista, sexualidade e violência; democracia, poder e participação política. Simultaneamente, sete oficinas voltadas para as trabalhadoras versam sobre os eixos temáticos da pauta de reivindicações das trabalhadoras. Às 10h, a Câmara dos Deputados sedia sessão solene em homenagem à Marcha. Em seguida, no Hall da Taquigrafia, acontece a abertura da mostra fotográfica “Mulheres do campo e da floresta tecem novo amanhecer”, com ato político de entrega da pauta de reivindicações ao Congresso Nacional, com a presença da atriz Letícia Sabatella, engajada na ONG Humanos Direitos. A abertura política da Marcha das Margaridas está marcada para as 14h, com a participação do filósofo e teólogo Leonardo Boff já confirmada. No período da tarde, publicações sobre a Lei Maria da Penha e outros temas relativos aos direitos das mulheres oferecem reflexões ao público. Às 17h, o lançamento do CD Canto das Margaridas, cuja primeira faixa é a música que será entoada durante a caminhada de protesto, promete ser um dos momentos de emoção da programação: as Loucas de Pedra Lilás, grupo de Recife que compôs a letra do canto principal, são acompanhadas por coro gigante de todas as mulheres que gravaram o CD. Durante todo o dia, apresentações de folclore gaúcho, carimbó paraense, côco de roda, rasqueado matogrossense e tambor de crioula alegram Cidade das Margridas. Um dos pontos altos da programação cultural é a homenagem que as violeiras e repentistas paraibanas Maria Soledade e Minervina fazem a Margarida Alves, prevista para as 14h. Às 20h30, a cantora baiana Margareth Menezes se apresenta no palco principal. Finalmente, na quarta-feira (17), as mulheres saem do Parque da Cidade em direção à Esplanada na primeira hora do dia. Lá chegando, fazem o ato político e esperam encontrar a presidenta Dilma para ouvir as respostas do governo à pauta de reivindicações por mais e melhores políticas públicas para o meio rural. FONTE: Assessoria de Imprensa da Marcha das Margaridas 2011