Nesta terça (22), agricultores dos municípios da Zona da Mata e um consultor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Meio Norte/Campina Grande), se reúnem na Fazenda Imprensa, em Ibateguara (AL), para analisar as oportunidades e os entraves da produção de mamona na região.
Junto com os produtores, o especialista em cultura de oleaginosas, Napoleão Esberadt, visitará plantações da região, observando as práticas de cultivo, o solo e o clima, visando detectar erros e buscar soluções para os problemas que dificultam a disseminação da cultura no município.
A ação, chamada Dia de Campo, faz parte do Programa de Biodiesel do Estado de Alagoas (Probiodiesel/AL), criado no final de 2005 com o objetivo de incentivar plantação da mamona, consorciada com feijão e outras culturas, visando à produção do biodiesel, com foco na industrialização e comercialização.
Com a parceria de instituições como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae/AL), os produtores vem sendo orientados e sensibilizados a investir na cultura como alternativa a geração de ocupação e renda. Por meio do programa eles também recebem capacitação em associativismo, gestão e empreendedorismo, além assistência técnica.
De acordo com a gestora da Cadeia Produtiva do Biodiesel do Sebrae/AL, Rita Gonçalves, no primeiro semestre de 2008, o Probiodiesel estará focado no estabelecimento e expansão da cultura da mamona. Além disso, o decreto sancionado pelo governo federal, vigente desde 1º de janeiro desse ano, obrigando as distribuidoras a incluir 2% de biodiesel (B2) à composição do diesel fóssil será uma oportunidade de atrair mais investimentos para o setor. "O mesmo decreto prevê que, em 2013, sejam acrescidos 5% (B5) de biodiesel ao diesel. Por isso, aqui em Alagoas estamos nos concentrando em ações de fomento à produção para atender essa crescente demanda", afirmou Rita Gonçalves.
No Brasil, a produção de biodiesel beneficia 100 mil famílias. Em Alagoas, cerca de 400 agricultores são atendidos pelo Programa de Biodiesel, o que atinge aproximadamente 1.600 habitantes de 33 municípios das regiões da Zona da Mata, Agreste e Sertão de Alagoas, de acordo com o Zoneamento de Aptidão e Risco Climático para a Cultura da Mamona no Estado de Alagoas, realizado pela Embrapa.
São parceiros do Probiodiesel/AL, o Governo do Estado, Sebrae/AL, a Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Alagoas (Fetag), a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a Fundação da Agricultura e Pesca de Alagoas (Faeal), Indústria de Óleos e Vegetais de Alagoas (OLEAL), Embrapa, Banco do Brasil, Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA/AL), Banco do Nordeste (BNB), Fundo de Amparo à Pesquisa no Estado de Alagoas (Fapeal), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico; do Planejamento e do Orçamento; da Ciência, Tecnologia e Inovação; além da Agricultura e Desenvolvimento Agrário. FONTE: Alagoas em Tempo Real ? AL