As demandas dos assalariados e assalariadas buscam a garantia dos direitos destes trabalhadores(as) e o combate às práticas que os prejudicam. Dentro de cada demanda existem as reivindicações específicas que visam reverter estas situações, incentivando os trabalhadores a se mobilizarem e articularem para buscar soluções e políticas junto ao governo.
Seguem abaixo as principais demandas desse público:
COMBATE À INFORMALIDADE
Os trabalhadores e trabalhadoras classificados como informais não têm direito a aposentadoria, auxílio-doença, pensão por morte, férias, descanso semanal remunerado, 13º salário, hora extra, licenças maternidade e paternidade, aviso prévio, FGTS e seguro-desemprego, o que por lei deve ser garantido a todo trabalhador brasileiro.
Melhoria nas condições de trabalho, que por vezes são precárias, também faz parte desta luta.
MECANIZAÇÃO DO CAMPO
A chegada das máquinas no campo tira o emprego de muitas pessoas, e mesmo com certas políticas de capacitação, estes trabalhadores não são novamente inseridos nos trabalhos do campo, perdendo sua qualidade de trabalhador (a) rural.
VIOLÊNCIA NO CAMPO
Muitas famílias rurais se envolvem em conflitos violentos pela posse de terra. Crimes e ameaças de morte permeiam essa violência e atingem os trabalhadores (as) rurais.
TRABALHO ESCRAVO
No Brasil, ainda há milhares de homens e mulheres que trabalham em condições análogas escravidão. Eles têm os documentos retidos pelos patrões e não recebem remuneração de acordo com o trabalho que realizam. Em outros casos o trabalhador é submetido a rotinas exaustivas de trabalho, que não condizem com as horas de trabalho diárias permitidas por lei ou a condições degradantes, que ferem sua dignidade. Apesar de não ser somente no meio rural que isso acontece, a maioria dos casos identificados ocorre nesta área.
CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO
A renda do trabalhador rural no Brasil é quase 1/3 da renda do trabalhador da área urbana, uma diferença gritante que evidencia a desigualdade no país que pende mais para o lado rural, prejudicando quem vive e trabalha no campo. Fatores como esse prejudicam a qualidade de vida, fato confirmado por pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) realizada em 2004, que revelou que cerca de 33% (1/3) dos ocupados em atividades agrícolas sofriam de insegurança alimentar moderada ou grave, entre outras proporções que revelam graves problemas.
AGROTÓXICOS
O uso de agrotóxicos, alguns dos quais já proibidos em outros países e que ainda não receberam restrição no Brasil, afeta negativamente a saúde de quem consome e principalmente de quem trabalha diretamente com a produção de alimentos. Há casos em que as regiões em volta das lavouras também são contaminada pelos venenos, prejudicando famílias inteiras.