A informação de Fabíola Salvador é ratificada pela CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. No site da entidade (www.cna.org.br) lê-se que Rossi garantiu não ser necessário ainda importar milho transgênico. Segundo ele, os estoques da Conab hoje são de 600 mil toneladas do grão. "É quantidade suficiente para passar 60 dias até o fim da entressafra. O abastecimento dos pequenos está garantido. Eu não vou vender milho para o sujeito repor o estoque que ele vendeu a preços ótimos para a Europa. Não posso facilitar a especulação", afirmou Rossi.
Conforme a CNA, presidentes de Federações da Agricultura que participaram do encontro lembraram que, para levar o milho até os mercados consumidores, como a região Nordeste, enfrenta-se outro desafio: a deficiência de infra-estrutura. Segundo as lideranças rurais, isso tem prejudicado estados nordestinos onde a avicultura e a suinocultura estão presentes, como Ceará e Pernambuco.
Não há como duvidar de duas fontes fidedignas que repetem as mesmas palavras. Assim, só se pode concluir - a partir da afirmação de que "600 mil toneladas [de milho] são suficientes para passar 60 dias até o fim da entressafra" - que antes de vir a público, o pessoal da CONAB precisa de um entendimento interno. Pois na semana passada um integrante do órgão observou que o consumo de milho no País anda por volta dos três milhões de toneladas mensais. Afinal, quem está com a razão?
Como - parece - o que mais vale é o que está no papel ("esqueçam o que falei" - é o que mais se ouve por aí), o melhor, talvez, é ficar com as projeções divulgadas ontem pela própria CONAB sobre o quadro de oferta e demanda de milho em 2007. Nele está explícito que o consumo anual de milho no Brasil neste ano deve se situar em torno dos 40,5 milhões de toneladas, o que configura consumo médio mensal de cerca de 3,375 milhões. E isso considerado, as 600 mil toneladas em mãos da CONAB serão suficientes para, aproximadamente, cinco dias e oito horas. Ou não?
(AviSite) (Redação) FONTE: Avisite ? SP