Como o último dia da Plenária Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Terceira Idade e Idosos Rurais aconteceu em 15 de junho, Dia Nacional de Defesa e Fortalecimento da Pessoa Idosa Rural, foi realizado um ato especial para essa data. Além de diretores da CONTAG, a cerimônia contou com a presença de Francisco Urbano, ex-presidente da Confederação, e Raimunda de Mascena, que representou todas as cinco regionais, e de Neusa Pivato Muller, da coordenação de Políticas para o Idoso da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), que representou a ministra Maria do Rosário.
Para o presidente da CONTAG, Alberto Broch, esse é um dia especial que deve ser carregado de reflexão, de defesa e fortalecimento da pessoa idosa. “Precisamos ter uma sociedade mais humana, igualitária e respeitosa. Recebam o nosso compromisso de buscar condições para que todos os idosos e idosas tenham uma vida digna.”
A coordenadora da regional nordeste, Raimunda de Mascena, lembrou que o país é governado por pessoas da terceira idade. “A presidenta Dilma Rousseff tem mais de 60 anos e a maioria dos ministros também. Por isso, temos que ter políticas para as pessoas dessa faixa etária.” Ela destacou que um dos desafios colocados atualmente para uma parte dos idosos é a seca no nordeste e sul do país. “Hoje, temos o problema da seca, onde muitos idosos estão com dificuldade para comer e produzir”, completou.
Já Neusa Muller ressaltou o trabalho da SDH em combater todas as formas de violência contra os idosos, que em muitos casos acontece dentro da família. Ela também noticiou que nesta sexta-feira (15 de junho) a presidenta Dilma assinaria o pacto pelo Envelhecimento Ativo. “Será um decreto e, assim, teremos condição para cobrar dos estados e municípios o seu cumprimento. Somos bons em criar leis e temos que ser bons também para cobrar que sejam cumpridas.”
O ex-presidente da Confederação Francisco Urbano destacou a violência praticada contra a população idosa. “O Estado brasileiro continua sendo repressor e apresentando formas de violência, como a maneira que trata o seu agricultor.” Apesar de elogiar a publicação conjunta pela SDH e MDA do livro que trata da história dos trabalhadores rurais que foram mortos e torturados no período da ditadura, afirmou que não adianta prender os culpados pelos maus-tratos. “Tribunal e Polícia não fazem justiça. Justiça se faz com criação e implementação de políticas públicas”, opinou.
Por fim, o secretário nacional da Terceira Idade da CONTAG, Natalino Cassaro, propôs aos delegados(as) um momento de reflexão sobre a forma como as pessoas idosas são tratadas nos sindicatos, federações e confederação. “Temos que começar a mudar a postura dentro da nossa casa. Nós temos que dar o primeiro passo. Temos que colocar os jovens para ler o Estatuto do Idoso, pois assim eles terão consciência da necessidade de respeitar esse público, principalmente porque um dia eles também serão idosos”. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi