O tema paridade de gênero, isto é, igualdade na representação política entre homens e mulheres, gerou muito debate hoje, 6 de março, nos dez grupos de trabalho do 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Ao se posicionar sobre o assunto, muitos delegados(as) contaram experiências positivas da base e também alguns desafios. Na plenária desta quinta-feira, haverá a votação. Caso seja aprovada, a cota de 50% será aplicada, inicialmente, na composição da direção da CONTAG (diretoria efetiva, diretoria executiva e conselho fiscal) a partir da gestão 2017-2021. “Amanhã, vamos pensar o dia com o plenário todo lilás, para marcar a presença física e política das mulheres trabalhadoras rurais. Realizamos uma forte mobilização em todo o Brasil para a aprovação da paridade, então, estamos muito otimistas. Amanhã vai ser um dia importantíssimo. Estamos ganhando mentes e corações nesse debate”, afirmou Carmem Foro, secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag. E a expectativa pela votação desse tema está agitando os corredores do 11º CNTTR. A delegada Maria Matioli, da região Sul, questiona: “se as mulheres já fazem tanta coisa, por que não podem estar nos espaços de poder? Agora que temos força, temos que ocupar esses espaços”. As regiões mostram-se interessadas em discutir esse tema, percebendo que esse é um debate rico e estratégico para o fortalecimento do Movimento MSTTR. “A minha expectativa é que a gente consiga aprovar a paridade. Estou sentindo esse aconchego nos grupos que estamos integrando, e vou fazer essa defesa”, declara animada a delegada do Nordeste Francisca Franci de Oliveira. Caso a paridade seja aprovada, ela deverá ser adotada nas instâncias de deliberação (Conselho Deliberativo, Plenária Nacional e Congresso Nacional) já no novo mandato da CONTAG, que começa este ano. Até a realização do 12º Congresso, o MSTTR deverá assumir o compromisso de aprofundar internamente o debate com vistas à sua adoção pelas Federações e Sindicatos. FONTE: Imprensa CONTAG - Ana Célia Floriano