Fonte: JB Online
Disposta a eliminar os temores dos usineiros diante do crescimento no mercado produtor de etanol, a Petrobras já procura sócios para construir um segundo alcoolduto, à exemplo do que vai investir entre Goiás e São Paulo com a Camargo Corrêa e a trading japonesa Mitsui. A intenção é dividir os custos de uma unidade de transporte destinada a escoar a produção de álcool de cana do Nordeste para o porto de Aratu (BA). O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, revela que a empresa ainda não decidiu o valor do investimento no segundo alcoolduto, mas calcula um custo semelhante ao US$ 1 bilhão previsto para o que ligará a refinaria de Paulínia (SP) a Senador Canedo (GO).
A Petrobras anunciou investimentos de R$ 55 bilhões para o próximo ano, um volume 29% maior do que os R$ 39 bilhões de 2007. A empresa confirmou que R$ 25,9 bilhões serão destinados à área de Exploração e Produção, que concentra a maior parcela do total. A meta da companhia é produzir diariamente, no mesmo período, uma média de 2,36 milhões de barris de óleo equivalente.
Antecipação
Uma das prioridades do novo planejamento estratégico da empresa, o segmento de biocombustíveis também envolve metas ousadas. Costa revela que, além de se consolidar como um player mundial no mercado de etanol, a companhia quer alcançar a condição de líder, até 2012, na produção de biodiesel no Brasil. Para isso, vai inaugurar ainda no primeiro semestre de 2008 três novas usinas nos Estados de Minas Gerais, Ceará e Bahia. Com capacidade total para produzir 180 milhões de litros/ano, as unidades representam só o primeiro passo, segundo o executivo, para a empresa chegar em 2012 com uma produção de 850 milhões de litros/ano.
A partir do próximo ano, será obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao diesel fóssil do país. O governo, de acordo com o executivo, admite aumentar para 3%, já em meados de 2008, o percentual de mistura do biodiesel. Diante do que considera o sucesso do programa, o governo, de acordo com o executivo, admite aumentar para 3%, já em meados de 2008, o percentual de mistura do biodiesel. A medida, de acordo com Costa, visa não só a preparar a transição para a mistura de 5%, prevista para 2013, como possivelmente até antecipá-la para 2010.
Para tornar os 3% viáveis, o governo deve promover um novo leilão de compra do biodiesel, em meados de 2008. FONTE: Invertia