A participação de trabalhadores e trabalhadoras rurais, lideranças de base e das Federações de Trabalhadores da Agricultura (Fetags) e sindicatos (STTRs) foi avaliada positivamente pelos organizadores do plebiscito popular pelo limite da terra o Brasil, realizado no período e 1º a 7 deste mês. Em algumas localidades do País a votação se encerra neste domingo (12). O resultado será anunciado no final do mês. O secretário de Política Agrária da Contag, Willian Clementino, explica que o resultado final da votação, juntamente com o abaixo-assinado - que deve ultrapassar mais de 1,5 milhões de assinaturas – será encaminhado à Comissão de Legislação Participativa, para elaboração de emenda propondo alterações na Constituição Federal para regulamentar o limite da propriedade de terras no Brasil. No Rio Janeiro, por exemplo, um dos estados com maior número de Comitês Estaduais criados, foi a primeira vez que o movimento sindical do campo participou de um plebiscito popular, como frisou o secretário de Política Agrária e Meio Ambiente da Fetag-RJ, Manuel Barbosa: - “Pela primeira vez que o MSTTR entende a importância de um plebiscito popular, ainda mais quando se trata de um plebiscito sobre a necessidade do Brasil ter um limite da propriedade. Aqui, nós fizemos uma parceira forte com os movimentos populares urbanos e a CUT. O Rio deve manter a média dos plebiscitos anteriores, que sempre gerou entre 400 a 800 mil votos”. Em Minas Gerais, o MSTTR também foi às ruas. A secretária de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaemg), Maria Rita Figueiredo, explica como os dirigentes sindicais convenceram a população a votar “Sim”, pelo limite da terra no Brasil: - “A participação do MSTTR foi positiva, inclusive na capital, onde estivemos no centro, no metrô, porta de escolas, dentro da Agriminas - onde até o ministro do Desenvolvimento Agrário deu o seu voto, e os trabalhadores em geral manifestaram-se no abaixo-assinado. O povo entende a necessidade do limite da propriedade da terra, e a importância da reforma agrária, uma vez que ela ainda não foi realizada no País, e principalmente em Minas Gerais”. Em todos os estados, o MSTTR atua conjuntamente com outras entidades sociais para o sucesso do plebiscito, a exemplo do Ceará, como explica Paulo Francisco dos Santos, do Fórum Estadual dos Assentados e da Secretaria de Política Agrária da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetraece): “Articulamos os movimentos sociais do Ceará com o objetivo de envolver todos para que tivéssemos êxito no plebiscito. Foi um trabalho conjunto com a CNBB, Cáritas, CPT, as pastorais sociais, sindicatos urbanos e os 184 sindicatos ligados a Fetraece, além dos movimentos de bairros. Tudo no intuito de massificar o máximo possível o plebiscito”. FONTE: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias