Os dirigentes sindicais esperam contar com o voto favorável dos parlamentares e para isso mobilizaram cerca de 300 pessoas de sua base através das Federações de Trabalhadores na Agricultura (FETAGs) de todo o país. Para Antonio Lucas, secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da CONTAG, “esse é um momento muito especial. A possibilidade real de votarem pelo fim do trabalho escravo é um ato de cidadania (referindo-se à força de pressão dos movimentos sociais)”. A CONTAG organizou ainda, nos momentos que antecederam à sessão ordinária, um adesivaço e uma panfletagem nos gabinetes dos deputados federais a fim de pressioná-los pela aprovação da proposta. A sessão ordinária de plenária acontece de 15h às 18h, quando será definida a pauta da sessão extraordinária (às 19 horas) que deverá colocar a PEC 438/2001 em votação. Para a direção da CONTAG, o trabalho escravo é um resquício da abolição. A 438/01 está engavetada e tem provocado a desumanização e a mercantilização do ser humano. “Repudiamos a prática do trabalho escravo no Brasil. Um país rico é um país sem pobreza, mas também que não concebe essa prática”, afirma Willian Clementino, secretário de Política Agrária da Confederação. Para ele, só existe uma forma de se ter um país decente: “se os nossos parlamentares votarem pelo fim do trabalho escravo que envergonha a nossa nação.” O grupo de trabalhadores e trabalhadoras rurais organizado pela CONTAG permanecerá em vigília na Câmara dos Deputados aguardando a votação da PEC do Trabalho Escravo. FONTE: Imprensa Contag - Maria do Carmo de Andrade Lima