Um dos objetivos do Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF/CI) é dar visibilidade ao importante papel do setor na garantia da soberania e segurança alimentar. Neste aspecto, a agricultura familiar conta como aliados alguns programas governamentais, como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE), que incentivam a produção, abrem mercado e geram renda para este setor.
No PAA, os produtos adquiridos são destinados a escolas ou doados para creches, asilos, população em vulnerabilidade social, formação de estoques públicos, entre outros. No PNAE, a agricultura familiar foi incluída para fornecer alimentos para as escolas públicas e, neste processo, as cooperativas e associações são organizações dos agricultores(as) familiares que potencializam esta ação.
Para os associados(as) da Cooperativa Agropecuária dos Produtores Rurais e Agricultores Familiares de Uruana e Região/GO – Cooper Uruana, a venda para o PAA e o PNAE representa aumento significativo na renda das famílias. “Tivemos um aumento da renda em 25%”, informou Maria de Lourdes, presidente da Cooper Uruana. Ela informou que os agricultores(as) da cooperativa vendem banana, leite, melancia e polpa de frutas. E, por serem cooperativados, conseguem um volume maior de produção e emitir cupom fiscal. “No final, consegue ganhar mais”.
Já o agricultor familiar Jefferson Bezerra Borges, de Wanderlândia/TO, já vendeu melancia, polpa de fruta e milho verde para o PAA, e teve aumento na renda em 40%. Atualmente, vende melancia, mandioca, queijo e polpa de caju para a Conab, para a formação de estoques públicos, com aumento na renda em 20%. “Esses programas incentivam a produção de alimentos pela agricultura familiar. Mas, falta assistência técnica, aumentar o limite de venda por agricultor(a) familiar e autorizar a substituição de produtos para certos casos”.
FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi