Trabalhadores e trabalhadoras rurais do setor sucroalcooleiro da Paraíba estão sendo prejudicados com a medição e o peso da cana-de-açúcar e também com questões relativas à segurança no trabalho. As irregularidades foram constatadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Inmetro e pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), após receberem denúncias da Fetag-PB. Na última semana, fiscais do Inmetro e da DRT, acompanhados pelo secretário de assalariados da Fetag-PB, João Antônio Alves, estiveram na usina São João, em Santa Rita, e puderam constatar as irregularidades. João Antônio Alves, que também é o presidente do STTR de Sapé, explicou que a forma como a medição da cana-de-açúcar é feita está fora do acordo coletivo de trabalho, que prevê o uso da trena e não do "braço", um pedaço de madeira com 2,2 metros. Segundo ele, os trabalhadores estão sendo prejudicados, pois a diferença entre o "braço" e a trena é exorbitante. Outra irregularidade diz respeito à balança que, após ser aferida, apresentava uma diferença de 1,5 kg para menos. Outra falha na usina São João é a falta de equipamentos de segurança, como botas, luvas, óculos de proteção e reservatórios para carregar água. "Os trabalhadores estavam colocando água em botijões plásticos usados para transportar óleo diesel e isso é inadmissível", disse João Antônio. O movimento sindical espera a resolução imediata das irregularidades. A usina já foi notificada e autuada pela DRT.
Assessoria de Comunicação da Fetag-PB