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OPOSITORES DA TRANSPOSIÇÃO SE D
Opositores da transposição se dividem
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08 de Janeiro de 2008

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MARINA SCHETTINI

O Exército retomou ontem as obras de transposição do rio São Francisco sob críticas de movimentos contrários à empreitada do governo federal. Com os mesmos argumentos mas estratégias discordantes, Igreja Católica e ambientalistas criticaram a postura da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles classificam as ações da União como irresponsáveis e já ensaiam a retomada de manifestações para tentar barrar a transposição por meio do enfraquecimento político da obra.

Apesar dos mesmos interesses contrários à transposição e a favor da revitalização do Velho Chico, igreja e ambientalistas divergem em como convencer o governo federal a paralisar as obras.

De um lado, a igreja que, de acordo com Frei Gilvander Luiz Moreira aprendeu a lição com as demonstrações de insensibilidade do governo diante greve de fome de Dom Luiz Cappio. Agora, segundo ele, os católicos traçam outras estratégias para convencer os interlocutores federais.

"Temos uma série de ações programadas. Estaremos em Sobradinho (BA), nos dias 27 e 28 de fevereiro, onde Dom Cappio vai receber o título de cidadão honorário. Lá, vamos tratar de estratégias para continuar a luta e teremos um debate na TV", afirmou Frei Gilvander. "Avaliamos que, com a greve de fome do bispo, essa obra já ficou profundamente inviabilizada politicamente. E vamos continuar nessa linha (de sensibilizar a opinião pública) até que a população se revolte e a transposição se torne uma obra inviável politicamente", acrescentou.

Mais razão

Do outro lado estão ambientalistas que defendem uma ação menos personificada e emocional - como aconteceu no caso das duas greves de fome do bispo - e mais focada na negociação política. Para o coordenador geral do projeto Manuelzão e um dos organizadores da Caravana que percorreu o Brasil em defesa do São Francisco, Apolo Heringer, os interessados em barrar a transposição deveriam ser menos intransigentes e demonstrar a intenção de negociar ao invés de apenas fazer exigências.

Para o ambientalista, o maior erro da igreja foi não levar em conta o trabalho feito pela caravana e centralizar todas as ações em Dom Luiz Cappio. "A greve de fome, em vez de ajudar, atrapalhou nossa luta porque foi feita com muita emoção e pouca racionalidade. Nós fizemos aquela caravana para sensibilizar deputados, governadores, empresários e fizemos uma carta propondo negociação. Não podemos esquecer que política se faz com o povo, mas aproveitando contradições entre setores governamentais, partidos e empresários. A luta não é do bispo nem da igreja, é do povo brasileiro", avaliou Apolo Heringer.

"O bispo é uma grande liderança, é meu amigo particular. Mas o movimento deveria levar em conta o que a caravana construiu. Eu só fiquei sabendo da greve de fome depois que ele havia começado e eles só entregaram nossa carta ao governo quando já não adiantava mais, o bispo tinha desmaiado e o governo dito que não tinha mais conversa", completou o ambientalista.

"Fazer a transposição é assinar a condenação do rio. Essa obra não vai terminar porque não tem legitimidade jurídica, é imoral, insana, faraônica, um grande crime ambiental e social. Ela não vai resolver o problema dos pobres com fome no nordeste", disse Frei Gilvander. "Ela não vai para frente porque o rio está muito seco, o reservatório de Sobradinho está sem água, vai acabar prejudicando a geração de energia elétrica, vai dificultar cada vez mais a sobrevivência do peixe que é alimento do povo. Ela pode continuar, mas não vai ser concluída", disse Heringer.

Para Dom Cappio, a luta continua

Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA) se tornou o símbolo da luta contra a transposição do rio São Francisco. Por duas vezes, o religioso colocou em risco a própria vida pela causa do rio e realizou greves de fome em uma tentativa de sensibilizar o governo federal. Mesmo sem resultado concreto - já que a União não cumpriu a promessa de negociar, licitou o primeiro lote das obras civis e manteve o exército trabalhando em uma das etapas da obra -, dom Cappio garante que a luta continua.

Ele se recusa a entrar em detalhes sobre o que chama de "jejum", com a justificativa de que a grande exposição na mídia acaba banalizando o esforço em prol do rio. Ele apenas afirma que não está em seus planos retomar a greve de fome, nem continuar tentando diálogo com o governo porque, segundo acredita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus interlocutores já deram sinais de que não se interessam em negociar.

Mesmo assim, o religioso garante que não desistirá de salvar as águas do "Velho Chico" e que o esforço conjunto com demais movimentos sociais continua forte. Em apoio à causa, ele diz ter recebido, apenas ontem, manifestações de solidariedade e de indignação de países como a Áustria, Rússia, Alemanha e Japão.

"A gente percebe a total insensibilidade do governo diante do clamor da sociedade civil e dos movimentos sociais pelo fim das obras. Esse é um governo que foi eleito pelo povo, pelos movimentos sociais. E, na hora em que a sociedade civil reivindica participação, é marginalizada, ignorada", afirmou Dom Luiz Cappio. "O governo está cuspindo no prato no qual comeu. Quando ele precisou, nas eleições, usou, depois mostrou que nós não temos voz, nem vez. Isso é muito triste, principalmente porque acontece em um governo que se diz democrático", completou. (MS) FONTE: O Tempo ? MG



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