O 1º Festival Nacional da Juventude Rural ganhou ritmo com as oficinas de dança e tambores localizadas em torno do ginásio Nilson Nelson. Além da luta pela educação de qualidade no meio rural, os jovens participantes também levantaram a bandeira para a importância da cultura e lazer.
A dupla João Monteiro e Aldinei de Oliveira, de Mato Grosso, alegrou os jovens com o ritmo "risca-faca" (forró acelerado). João, músico desde os 12 anos de idade, disse que para a carreira deslanchar apoio e público são essenciais. "A nossa carreira de músico no sítio tem pouco apoio e ficamos muito emocionados com a força do sindicato", explica. Para Aldinei participar do Festival é também poder realizar o sonho de conhecer a capital do país.
O grupo brasiliense Pé de Cerrado, tocou vários ritmos brasileiros, como por exemplo, o maracatu, típico de Pernambuco. O instrutor de dança de salão de Mato Grosso, André Marino, comentou a importância da música para os rurais. "Ela modifica o ambiente e gera uma alegria enorme". Ele estava no stand dos estados e participou de uma apresentação de dança típica do Mato Grosso. "Dançamos o Siriri que em tupi-guarani significa correr rápido", explica Marino.
Para o baiano Nonato dos Santos as oficinas têm grande importância. "É um espaço privilegiado para o jovem expressar seus talentos, resgatar sua cultura e protestar, porque ainda falta muito incentivo", explica. Para Natalícia de Jesus o Festival reforça laços de amizades e é um lugar importante de reivindicação. "O meu objetivo maior é conseguir educação no campo. Além disso, estou adquirindo muito conhecimento", observa. FONTE: Natália Caixeta, da Universidade Católica de Brasília com Agência Contag de Notícias