Uma das principais propostas dos jovens durante o 1º Festival Nacional da Juventude Rural são o acesso e o investimento em cultura. Voltados para essa temática, durante toda a quarta-feira (28), os jovens participaram das oficinas culturais: pintura, bonecos e dança.
Além de pano, havia guache, pincéis e água: os participantes da oficina de pintura usaram a criatividade e a imaginação. A professora, Cláudia Farinha, conta que os jovens conseguiram colocar na tela um pouco dos seus sonhos. "A idéia era que eles passassem para o pano o que estão pensando, o que estão querendo de fato, o que eles querem mudar", explica. Na opinião da professora, um pouco do que os jovens estão tendo no Festival eles não fazem no campo por falta de acesso.
Leonardo Moraes, do município de Cáceres (MT), foi um dos participantes da oficina de dança. "Viemos aqui para oferecer essa oficina de dança. Também viemos mostrar a cultura do nosso vizinho, o Paraguai, que tem influência no nosso estado. Estamos ensinando o rasqueado, dança popular da parte sudoeste do Mato Grosso, e é uma mistura da polca paraguaia com o siriri, outra dança típica mato-grossense."
Os participantes da oficina de bonecos gostaram da atividade, que foi rápida e proporcionou descontração; com brincadeiras, música e dança no palco. Os jovens também fizeram um trabalho de dicção, expressão corporal, criatividade e apresentaram textos no palco, abordando o tema da agricultura familiar, do profissionalismo na zona rural.
Juscelino Lima, do município de Cacerengue (PB), integrou a oficina de bonecos, com a professora Elisete Gomes. O jovem atua com crianças na zona rural e se entusiasmou para trabalhar essa dinâmica. "Os bonecos se aproximam muito da realidade das crianças e fica mais fácil para elas assimilarem. Aprendemos várias técnicas de como trabalhar e usar os materiais reciclados, como papel higiênico, jornal e fita".
Fonte: Marlon Maciel, da Universidade Católica de Brasília, e
e Vanessa Montenegro, da Agência Contag de Notícias