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Cirilo Francisco de Sousa, presidente da Associação de Pequenos Produtores Rurais de Tanque Novo - localizado a 466 km de Teresina (PI) -, delegado sindical do STTR de Pio XI e membro da Comissão de Desapropriação da Barragem do Piaus, fez uma denúncia à Fetag/PI.

Segundo ele, é crítica a situação que estão vivendo cerca de cem famílias em Barra Velha, no município de Pio XI. Elas moram no local há mais de 30 anos e, de acordo com Cirilo, não foram indenizadas por conta das obras.

Ele diz que as empresas Getel Litrada, Geri e Jurema são as responsáveis pela obra, que foi determinada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, de construção da Barragem dos Piaus nos municípios de Pio XI e São Julião, no dia 8 de junho de 2005. A Coordenadoria Estadual do DNCOS foi o órgão responsável para o acompanhamento da obra que seria entregue no prazo de 730 dias. A desapropriação das áreas segue critérios estabelecidos pelo Decreto de Lei de nº 3.365/41.

De acordo com Cirilo, das 100 famílias apenas 6 foram indenizadas, sendo que as outras saíram de suas próprias residências e estão em localidades vizinhas por não terem onde morar.

Leia o depoimento de Cirilo Francisco de Sousa.

"As famílias estão sofrendo bastante, nem podem plantar por conta da desapropriação das terras, são na maioria idosos e pessoas de baixa renda que possuíam apenas as terras para sobreviver. Existem famílias que estão pagando aluguel com a aposentadoria, mas esse dinheiro deveria ser utilizado para alimentação e manutenção de remédios e vestimentas. Essas famílias não possuem outra renda a não ser a roça e as terras para produção. Se o governo federal tivesse honrado seu compromisso, obrigação e dever, essas famílias não estariam passando por tudo isso. E nesse período das chuvas o problema foi maior, uma situação bastante difícil para as famílias que não tinham aonde ir. Animais foram perdidos, levados pelas águas, enfim uma calamidade. Esperamos que as entidades, órgãos federais e estaduais possam tomar as devidas providências e agilizar o processo de indenização, pois as famílias já enviaram os documentos necessários, só que até agora nada foi resolvido".

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