Começam em fevereiro as obra de interligação das bacias do Rio São Francisco e do Nordeste Setentrional, que têm por objetivo é levar água ao semi-árido nordestino. O anúncio foi feito em 18 de janeiropelo ministro Pedro Brito, da Integração Nacional. Ele disse estar confiante que em breve será emitida a licença de instalação do projeto pelo Ibama.
As obras serão feitas inicialmente pelo Batalhão de Engenheira do Exército, até que as licitações sejam concluídas e os trabalhos passem para a iniciativa privada. O uso do Exército foi um caminho encontrado pelo governo para não atrasar ainda mais o projeto. Segundo o ministro, o início das obras terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fará uma visita a Cabrobó, em Pernambuco, onde o Exército começará as obras. O Ministério da Integração Nacional já repassou R$ 100 milhões para o Ministério da Defesa.
Resistência menorBrito disse que a eleição de dois petistas para os governos da Bahia - Jacques Wagner - e de Sergipe - Marcelo Déda - vai reduzir as resistências políticas à implantação do projeto. Até o final do ano passado os dois Estados eram os principais opositores ao projeto e ofereciam resistência à obra. ?Tínhamos no passado uma oposição política mais localizada na Bahia e Sergipe. Com os novos governadores, a questão foi minimizada. Estamos negociando com os Estados doadores (da água do rio) para minimizar qualquer tipo de questionamento?, afirmou o ministro.O ministro disse que Bahia e Sergipe, além de Alagoas, têm demandas que serão analisadas pelo Ministério. Uma delas, do governo alagoano, é a construção de um canal no qual serão investidos, segundo o ministro, R$ 564 milhões de recursos federais.?Os Estados têm suas demandas e estamos negociando. Está dentro da lógica de uma democracia?, disse. Segundo ele, os governadores Jaques Wagner e Marcelo Déda não vão se opor ao início das obras.