Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
O CETICISMO DE STEPHANES
O ceticismo de Stephanes
WhatsApp

17 de Outubro de 2007

TEMAS RELACIONADOS:
o ceticismo de stephanes

O agronegócio brasileiro pouco terá a ganhar com a conclusão da Rodada Doha de negociações comerciais, afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em entrevista publicada segunda-feira no Estado. Foi uma declaração surpreendente. Para o governo brasileiro, a reforma do comércio agrícola é a meta principal da rodada. Essa tem sido a posição oficial desde o lançamento das conversações, em 2001. Essa mesma bandeira inspirou a formação do Grupo dos 20. Se a diplomacia nacional insiste em evitar o colapso final da rodada, é porque não desistiu, pelo menos explicitamente, de alcançar pelo menos em parte aquele objetivo.

O acordo possível neste momento, como já se admite abertamente, ficará abaixo do ambicionado na fase inicial das negociações, mas ainda poderá valer a pena, segundo avaliam os diplomatas. Mas não haverá pelo menos um grão de bom senso nos comentários do ministro da Agricultura?

Ele manifestou ceticismo em relação a dois pontos. Em primeiro lugar, na sua opinião é altamente improvável a conclusão da rodada. Em segundo lugar, as concessões oferecidas pelo mundo rico, se houver algum acerto final, não produzirão efeito concreto. A primeira dúvida é pertinente neste momento. Quanto mais se alonga a discussão, piores se tornam as condições políticas para um acordo final. Nos Estados Unidos, será uma enorme surpresa se algum candidato à presidência defender maiores concessões comerciais. Do lado europeu, não haverá novas ofertas se os americanos não se mexerem. O governo brasileiro não cederá mais um palmo, se as economias mais avançadas não emitirem sinais encorajadores.

Já a segunda tese é bastante discutível. O Itamaraty saberá discernir se uma oferta - por exemplo, de redução de subsídio - será efetiva ou se, ao contrário, não será mais que um conto-do-vigário. "Concessões" desse tipo serão recusadas e não haverá acordo. A questão relevante é outra: se houver concessões de fato, valerá a pena obtê-las em troca dos benefícios pedidos pelos negociadores do mundo rico? Ou, ainda: será equilibrada a distribuição de encargos entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento?

Mas o ministro da Agricultura parece ter razão pelo menos quanto a um ponto: as condições do mercado internacional serão determinadas nos próximos anos, em grande parte, pela evolução da demanda, agora influenciada pelo rápido crescimento econômico da China, da Índia e de outros países dependentes da importação de alimentos e matérias-primas. Esses países recorrerão aos produtores eficientes, para evitar inflação, e o Brasil será um dos mais qualificados para atender à procura crescente.

Em vez de dar tanta ênfase à Rodada Doha, acrescentou o ministro, o Brasil deveria ter procurado acordos específicos com diferentes mercados - sem se dar conta de que estava fazendo uma crítica ao presidente da República, que ainda ontem insistia na importância de Doha. Mas teria sentido buscar acordos apenas para o comércio agrícola? Certamente não, no caso dos mercados mais desenvolvidos. Com Washington e Bruxelas teria sido necessário negociar acordos mais amplos de comércio.

Mas o governo brasileiro decidiu em 2003 torpedear a Alca. Os americanos podem ter contribuído para o fracasso da iniciativa, mas o principal esforço para impedir o acordo partiu de brasileiros e argentinos. Além disso, Brasília jamais conseguiu combinar com os sócios do Mercosul uma estratégia eficiente de negociação com os europeus.

O ministro da Agricultura parece haver esquecido esses pontos. Depois, americanos e europeus sempre hesitaram em discutir isoladamente concessões no comércio agrícola com os sul-americanos. Nos dois casos, no entanto, teria provavelmente valido a pena levar adiante as conversações com uma pauta mais ampla de interesses. Parte da indústria teria sem dúvida apoiado iniciativas desse tipo. Teria sido preciso convencer e mobilizar a outra parte. Outros países em desenvolvimento ganharam com acordos desse tipo, menos tímidos e mais amplos quanto aos objetivos, e o Brasil com certeza poderia ganhar. FONTE: Estado de São Paulo ? SP



WhatsApp


Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h30 às 12h e 14h às 18h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
JOVEM SABER (Novo)
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico