Fernando Coimbra, funcionário do TCM e delegado do sindicato rural de Redenção (PA), nomeado pelo ministro Carlos Lupi para a chefia da Delegacia Regional do Trabalho do Pará, avalia que infrações podem estar atreladas à "falta de conhecimento" do empregador
Por Iberê Thenório
Orientar tanto proprietários quanto trabalhadores rurais. Essa é a estratégia do novo chefe da Delegacia Regional do Trabalho do Pará (DRT-PA), Fernando Coimbra, para reduzir os graves problemas trabalhistas rurais no estado, campeão nacional em número de libertados de condições análogas à escravidão.
Nomeado em 22 de maio pelo ministro do Trabalho Carlos Lupi, do PDT, Fernando tem 40 anos e é advogado e funcionário de carreira no Tribunal de Contas dos Municípios do Pará (TCM). Ele também é presidente do diretório regional do PDT de Belém e um dos delegados do Sindicato Rural de Redenção, Pau D'arco e Cumaru do Norte, que congrega os proprietários rurais. Essa região possui altos índices de incidência de libertação de trabalhadores escravizados.
O novo delegado do trabalho entra no lugar de Jorge Lopes de Farias, também advogado, ligado ao PC do B. A mudança faz parte de uma série de trocas nos comandos das delegacias regionais do trabalho (DRTs) que estão sendo promovidas pelo ministro Carlos Lupi.
O Pará é hoje a unidade da federação que mais sofre com o trabalho escravo. De acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram libertadas 8.711 pessoas no estado de 1995 até maio deste ano.
Em entrevista exclusiva à Repórter Brasil, Fernando afirma que dará continuidade às fiscalizações de campo, mas se empenhará também em ações que promovam orientação tanto para trabalhadores quanto para patrões.
(acesse www.reporterbrasil.org.br e leia entrevista)