A mobilização de agentes da Polícia Federal e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) com a operação Arco de Fogo, para combater o desmatamento na região Norte, é considerada desnecessária pelo Sindicato da Indústria Madeireira do Norte (Sindusmad). O presidente José Eduardo Pinto declarou, ao Só Notícias, que já foram comprovadas divergências nos dados apontados pelo Inpe, comprovando que os números de novos desmates são irreais. "Esperamos que não seja uma fiscalização arbitrária, mas coerente já que todo este aparato não seria necessário porque não há novos desmates", criticou.
A preocupação, segundo o presidente, é que a autorização de novos desmates só sairá após o recadastramento e regularização de todas as propriedades rurais, porém, a falta de estrutura do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pode travar esse processo. "Todos sabemos que o Incra não está preparado e vai travar, principalmente, o setor florestal, já que precisamos de licenças e projetos", acrescentou.
Desde o início da semana passada, equipes da Polícia Federal e Ibama estão mobilizadas em Sinop e devem atuar em todo o Nortão, principalmente nos municípios apontados entre os maiores devastadores da Amazônia, como Alta Floresta, Marcelândia, Juara, Paranaíta e Juína, nos próximos dias. A operação será permanente.
Enquanto o Governo Federal fortalece a fiscalização na região, proibindo novos desmates, o Governo do Estado continua na briga para rever os números que coloca 19 cidades mato-grossenses na lista de maiores devastadores. Uma equipe da Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) também está mobilizada nessas cidades para levantar os reais números de desmates. Em Marcelândia, por exemplo, constataram que 80% dos números são irreais. FONTE: Só Notícias ? MT