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MULHERES SEM-TERRA PROTESTAM CO
Mulheres sem-terra protestam contra polícia
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07 de Março de 2008

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De acordo com ela, quase 300 mulheres participaram do ato, em protesto contra o plantio de eucaliptos no sul do estado e a violência da Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) durante a operação de reintegração de posse da fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, na terça-feira. Duas sem-terra permaneciam internadas ontem na Santa Casa de Misericórdia de Santana do Livramento, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.

O hospital realizou 68 atendimentos ? 58 mulheres e 10 crianças, nenhum dos casos com gravidade, segundo a direção da Santa Casa. A BM disse que adotou armas não-letais na operação e negou uso de violência. A ação não foi acompanhada pela imprensa. A Aracruz informou que a Fazenda Bota tem 1.223 hectares, dos quais 442 hectares são cultivados com eucaliptos. O restante é destinado à área de preservação permanente.

Além da marcha em Encruzilhada do Sul, a Via Campesina promoveu caminhadas em Porto Alegre e em Santana do Livramento. Na capital gaúcha, cerca de 150 pessoas foram até a sede da Polícia Federal para pedir investigação sobre a compra de propriedades na faixa de fronteira pela empresa sueco-finlandesa Stora Enso. Em Santana do Livramento, a caminhada foi feita entre o ginásio municipal e a praça Binacional, na divisa com Rivera (Uruguai), onde as manifestantes realizaram ato por volta das 12h. Uma assentada foi atropelada enquanto tentava atravessar a rua, mas não houve incidentes ligados ao protesto, informou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). As manifestantes retornaram aos locais de origem depois do ato.

Pernambuco

Mulheres do MST, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) ocuparam ontem, por sete horas, a sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em Petrolina, a 780km do Recife. À tarde, outro grupo de mulheres ocupou o engenho Cachoeira Dantas, no município de Água Preta, na Zona da Mata Sul pernambucana, e incendiou a casa-grande.

A polícia e o corpo de bombeiros foram ao local, houve tensão e expectativa de que as manifestantes fossem retiradas à força. O promotor do município, Darwin Silva, foi chamado e garantiu que as mulheres poderiam ficar no local enquanto uma comissão do MST negociava com o Incra. Elas se mostravam dispostas a permanecer no engenho até conseguir a promessa de desapropriação do imóvel pelo Incra. "Vamos resistir", afirmou, por telefone, às 18h50, a coordenadora regional do MST, Betânia Cardoso. Segundo ela, 200 pessoas participaram da ocupação e estavam montando barracas no local.

As ações fazem parte da Jornada de Luta das Mulheres da Via Campesina em comemoração ao dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Hoje à tarde, as mulheres ligadas a movimentos pela terra devem fazer uma caminhada no centro do Recife. "Nossa intenção era acabar com a casa-grande", disse Betânia. "Fazer com eles a mesma coisa que fizeram com 26 trabalhadores do engenho que foram expulsos e tiveram suas casas totalmente destruídas." A retirada ocorreu em fevereiro.

O número

Caminhada

300 mulheres

pediram investigação da PF e repudiaram supostas agressões da BM contra mulheres em Rosário do Sul FONTE: Correio Braziliense ? DF



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