As mulheres acusam a Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) de, por volta das 17h, ter invadido o acampamento de forma violenta. Alegam que a ação deixou "centenas" de agricultoras feridas. As cerca de 250 crianças que estavam no acampamento teriam sido separadas das mães e colocadas deitadas com as mãos na cabeça. Ferramentas de trabalho teriam sido apreendidas e barracos destruídos.
O grupo chegou durante a madrugada, entrou na propriedade rural de 2,075 mil hectares, arrancou os eucaliptos, ainda pequenos, que estavam plantados em cerca de quatro hectares e montou acampamento. A Brigada Militar colocou um destacamento diante da área e apreendeu 13 ônibus que haviam feito o transporte das ativistas.
Durante o dia, a situação chegou a ficar tensa algumas vezes. Numa delas, 10 brigadianos tentaram dispersar um grupo maior de mulheres. Houve agressões de parte a parte, mas ninguém ficou ferido. Até o final da tarde, as mulheres permaneciam na fazenda. A Via Campesina combate o plantio de eucaliptos que a Stora Enso, a Aracruz e a Votorantim estão fazendo na metade sul do Rio Grande do Sul para abastecer futuras fábricas de celulose. FONTE: Correio Braziliense ? DF