Durante o III Encontro de Mulheres Rurais da América Latina (ENLAC), que acontece desde a última segunda e se encerra amanhã (9 de março), mais de 200 mulheres do continente compartilham experiências, dificuldades e conquistas, além de fortalecerem e consolidarem os processos e avanços das mulheres rurais da América Latina e Caribe. Nesses dias foram identificadas pelas representantes dos 14 países presentes ao evento problemáticas em comum, destacadamente o acesso das mulheres a terra, já que na maioria desses países elas não têm esse direito. A grande discussão sobre o tema gira em torno do que está acontecendo com as terras nesses países, onde as grandes empresas e, em especial as grandes mineradoras, atuam em rede, destruindo recursos naturais. “O encontro está sendo fundamental, no sentido do enfrentamento dos grandes problemas que atingem as mulheres. É muito importante perceber que estamos enfrentando tudo isso de maneira conjunta. E a rede de mulheres da América Latina tem sido fundamental nessa articulação internacional”, registra Alessandra Lunas, vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da CONTAG e secretária geral da Confederação de Organizações de Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (Coprofam). Compondo a delegação da COPROFAM: Alessandra Lunas e as dirigentes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (FETAEP), Mercedes Panassol, e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (FETAEMG), Alaíde Moraes, além de Antonia Flores (ONAC- Paraguai), Margarita Altamiro (CIOEC - Bolívia) e Ester Aime, como representante das Mulheres Federadas da Argentina (FAA). A delegação brasileira também conta com a presença de companheiras do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste (MMTR-NE).
FONTE: Imprensa Contag - Maria do Carmo de Andrade Lima