Neste 8 de março elegemos o tema Participação, Poder e Democracia para orientar nossos debates, manifestações e as diversas atividades em comemoração ao dia internacional da mulher. Nas comunidades, municípios e capitais, nos sindicatos e federações as mulheres do movimento sindical dos trabalhadores rurais (MSTTR) estarão mobilizadas para debater questões do cotidiano, da cidadania e da vida política do seu município e do nosso país.
É verdade que avançamos. Já estamos nos sindicatos, nas federações, na Contag e na CUT. Exercemos cargos de direção e demonstramos, a cada dia, nosso compromisso, competência e garra para defendermos e praticarmos um sindicalismo autônomo e democrático em defesa das trabalhadoras e trabalhadores rurais. Demonstramos para toda a sociedade nossa capacidade de construir unidade na luta por nossos direitos e por um país justo, democrático e soberano.
Realizamos a 3ª Marcha das Margaridas contra a fome, a pobreza e a violência sexista, com 50 mil manifestantes em Brasília, e apresentamos um conjunto de propostas para o desenvolvimento sustentável e solidário com igualdade para as mulheres. Fazemos-nos presentes em conferências, fóruns, comissões, grupos de trabalho, num esforço de construção de políticas públicas para as mulheres do campo e da floresta.
Entretanto, nossa trajetória indica que há muito porque lutar e que é preciso avançar. Não podemos conviver com as diversas formas de discriminação e violência que persistem no cotidiano das mulheres trabalhadoras rurais e no cotidiano das mulheres sindicalistas. Exigimos respeito, defendemos a igualdade e a pratica democrática.
Queremos ocupar cargos de direção sim e exercermos o poder com ampla participação da base sindical, em especial das companheiras. Reconhecemos o quanto é importante nos articularmos com outros movimentos, organizações e com as trabalhadoras da cidade para conquistarmos uma vida digna, sem violência, com trabalho, igualdade e autonomia.
Queremos também ampliar a nossa participação na vida política do País. Precisamos ocupar cargos nas câmaras legislativas e a frente das prefeituras. Neste ano queremos votar e ser votadas, para vereadoras e prefeitas. Sabemos bem que nossas reivindicações e proposições devem ser atendidas desde os municípios para transformar o cotidiano das mulheres do campo e da floresta.
Carmen ForoVice-presidente da CUT e coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres da Contag