O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST deu início, nesta segunda-feira (5), ao projeto de capacitação dos educadores da reforma agrária, através do método cubano de Alfabetização, "Sim, eu posso". Com o apoio do Governo do Estado, o projeto conta com a participação de 120 educadores do campo (assentados e acampados) e com a participação de um profissional de Cuba além de técnicos da Secretaria Estado da Educação, Ufal, MST e demais organizações parceiras.
A abertura do projeto de capacitação aconteceu nesta segunda-feira, no Centro de Formação, Cepa, onde o curso será realizado até a sexta-feira. O secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, representou o governo do Estado e ressaltou a importância do aprendizado na formação de uma sociedade justa. "É com grande satisfação que o Governo de Alagoas participa como parceiro desta empreitada. Quando o projeto foi colocado em pauta,nas nossas reuniões com os movimentos sociais, decidimos estudá-lo e abraçá-lo. É preciso que exista união no combate incessante ao analfabetismo, colocando em prática ações possíveis de serem realizadas", afirmou Álvaro Machado.
Segundo o secretário, a viabilização do projeto foi acompanhada de perto pelo governo do Estado através de reuniões no Gabinete Civil e discussões sobre o tema. "É preciso ir além do que hoje achamos que é possível. É preciso fazer o impossível. A proposta do MST foi bem vista pelo governo do Estado e por isso nós a abraçamos. Hoje se inicia o projeto piloto, mas vamos estudar a possibilidade de ampliar este projeto, fazendo com que os projetos para jovens e adultos também cheguem a cada pessoa no campo. O governo Teotonio Vilela Filho tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, unindo forças em nome do Estado e da sociedade", ressaltou.
A representante do MST, Débora Nunes, reforçou a importância da capacitação através do método cubano e avaliou o trabalho realizado pelo governo. "Nós temos a clareza da nossa responsabilidade na sociedade. Vamos trabalhar junto ao governo do Estado para acabar com o analfabetismo em Alagoas. O programa ?sim, eu posso?, é só o início. Temos que agradecer ao governo esta parceria cada vez mais forte e por estar contribuindo para essa capacitação", disse.
O método cubano "sim, eu posso", é aplicado através de vídeo, com o auxilio de monitores, que ensinam a ler e escrever em 35 dias. São cinco aulas de uma hora e meia de segunda a sexta-feira. Do ponto de vista pedagógico, o ideal é que após a alfabetização no "Sim, eu posso", os alunos matriculem-se nos programas de educação de jovens e adultos.
Segundo a coordenadora estadual da rede de ensino para jovens e adultos, Alexandra Pedrosa, é importante dar continuidade ao processo educacional e o governo do Estado estará junto dos movimentos neste momento. "Não podemos nos limitar ao método cubano. O governo está bem perto e confiante, por que queremos que o Estado avance", afirmou.
por Assessoria FONTE: Alagoas em Tempo Real ? AL