Paulo Reis Aruca, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Cerca de 200 trabalhadores rurais sem-terra do oeste de São Paulo acamparam em frente ao prédio da Justiça Federal de Jales (a 540 quilômetros da capital) nesta segunda-feira, 3. Eles afirmam que só saem do local quando tiverem uma posição sobre os processos de desapropriação de 15 fazendas. As áreas, segundo os sem-terra, são improdutivas e as ações correm na Justiça há mais de cinco anos.
Um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Lourival Plácido de Paula, afirma que aguarda a emissão de posse de oito áreas e que os valores relativos à indenização dos proprietários destas terras já foram depositados há mais de quatro anos. "A lei diz que após o depósito dos valores, o Poder Judiciário deveria dar a emissão de posse, e aqui não saiu", reclamou.
"Estamos representando 800 famílias que estão acampadas às margens de rodovias, enquanto a Justiça protela a solução dos processos, devido a manobras dos latifundiários". A Justiça Federal de Jales não se manifestou sobre o assunto. FONTE: Estadão Online ? SP