CONTAG, Movimento dos Sem Terra - MST e Movimento de Mulheres Camponesas – MMC, além de demais representantes de movimentos sociais comemoraram, num clima de muita descontração e embalados por música e poesia, na manhã dessa quinta (02 de dezembro), na Tenda Paulo Freire, no Centro de Convenções de Brasília, a assinatura pelo Ministro da Saúde Alexandre Padilha, da portaria de publicação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta. Foram cinco anos de construção e de muita pressão dos movimentos sociais e, mais especificamente, das mobilizações Grito da Terra Brasil e Marcha das Margaridas, ambas realizadas pela Contag em 2011, para que essa política fosse implementada . “Lutamos pela garantia, ampliação e fortalecimento dos povos do campo a todas as ações e serviços de saúde”, registra José Wilson, secretário de Políticas Sociais da Contag. “Confiamos agora que os governos municipal, estadual e federal se unam na implementação dessa política”. Na ocasião o ministro também anunciou 64 Unidades Básicas de Saúde Fluvial para as populações de área ribeirinha, a serem entregues até o ano de 2014, 100 Unidades Odontológicas Móveis para as populações atendidas pelo Programa Brasil Sem Miséria, além de recursos para implantação da Rede de Cuidados com a Saúde Mental e reajuste nos valores de repasse aos Centros de Atenção Psicossocial - CAPS. “Nos últimos anos testemunhamos a luta da sociedade civil para que as ações de saúde do governo fossem menos fragmentadas. A política de saúde, que antes dependia da visão de cada gestão, transforma-se hoje numa diretriz nacional do SUS (Sistema Único de Saúde)”, lembra Padilha. Ou seja, a partir de agora todo gestor terá a obrigatoriedade de executar a política de saúde e os movimentos sociais vão poder monitorar a aplicação dessa política. “Tudo isso só foi possível graças à ação coordenada dos movimentos sociais, aliada a um governo comprometido e à equipe do ministério, que se articulou internamente”, analisa José Wilson, referindo-se à Secretaria de Gestão Participativa - SEGEP cujo papel, segundo ele, foi fundamental. Para Odorico Monteiro, secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, esse é um momento de fortalecimento das políticas de setores importantes da sociedade (referindo-se às populações do campo e da floresta). “A melhoria no acesso dessas populações às políticas de saúde deve ser priorizada, pois buscamos a integralidade do SUS. E a Contag foi peça importante nesse processo, negociando de forma intensa as demandas desses povos”, argumenta. Delegados e delegadas sindicais de várias Federações de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais - FETAGs estiveram presentes, representando o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais - MSTTR: Pará, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso.
FONTE: Imprensa Contag - Maria do Carmo de Andrade Lima
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