Na tarde de ontem, dia 08, a CONTAG, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Distrito Federal e Entorno (FETADFE) e outros movimentos que representam a classe na região se reuniram com a Secretaria de Agricultura do Distrito Federal e e outros orgãos do governo, na sede do Incra, para discutir questões relacionadas ao Centro de Comercialização e Capacitação da Agricultura Familiar. Participaram também alguns parlamentares que apoiam a agricultura familiar.
Esta é uma demanda antiga da FETADFE, que caminha para a sua conclusão, mas ainda tem detalhes importantes a serem resolvidos. O Centro será um espaço para capacitação de agricultores(as) familiares para que eles e elas possam aprender a comercializar suas produções da forma correta, e se localizará no Ceasa.
A demanda foi entregue ao governo do DF no ano de 2002, a partir de um projeto desenvolvido pelos movimentos sociais que previa uma estrutura completa que pudesse ser utilizada para capacitação dos agricultores(as) e comercialização no mesmo local. No mesmo ano, foi entregue o terreno para a construção, mas os recursos financeiros, cerca de seis milhões de reais providos pelo MDA, só chegaram em 2004. A construção só começou anos depois, e atualmente o Centro tem 95% da obra concluída. Além do acabamento, faltam os equipamentos para os cursos de capacitação, câmeras frias e veículos de suporte, que aguardam licitação, além da criação de normativos para regulamentar as atividades no local. Segundo informação do subsecretário de Agricultura do DF, a licitação será feita ainda este mês.
Gestão
A principal pauta da reunião foi a gestão do Centro. A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal atribuiu a responsabilidade de geri-lo à EMATER-DF. Os movimentos, porém, não aceitaram. “O projeto é nosso, mas o governo diz que o gestor será de uma empresa pública. Acreditamos que, se foi algo que nós pedimos para a agricultura familiar, não podemos deixar na mão do governo”, afirma o secretário de Administração e Finanças da FETADFE, Lucindo Alves.
Após apresentar a reivindicação pela gestão do Centro, o encaminhamento foi a criação de um comitê gestor, com participação do governo e dos movimentos. Aguarda-se agora a conclusão da obra, para que possam ser iniciadas as atividades.
FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila