Nos dias 18 e 19 de agosto, diretores da Contag e representantes das Fetags trataram sobre questões relativas à habitação rural, ao Crédito Fundiário e ao Programa Nacional de Biodiesel em audiências com os ministros de Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e da Casa Civil, Dilma Rousseff. O objetivo foi dar continuidade às negociações do Grito da Terra Brasil 2008, que ocorreu em maio deste ano, na capital federal.
O vice-presidente da Contag, Alberto Broch, avalia positivamente o encontro, que aconteceu na Casa Civil. "Tivemos a oportunidade de estabelecer um diálogo franco e aberto com a ministra Dilma, mostrando a necessidade do andamento dessas políticas públicas. Ela se comprometeu a levar nossas demandas ao presidente Lula", afirma.
Durante audiência com o ministro Guilherme Cassel, foi anunciada a renovação, em setembro, do Programa Nacional de Crédito Fundiário. Ele passará a contar com recursos do orçamento federal, estimados em R$ 120 milhões. "A proposta já está pronta no ministério e houve um acordo, que será enviado à Casa Civil até a próxima semana, para que sejam tomadas providências necessárias quanto ao programa", explica o secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris. Também foi garantido pelo governo federal melhorias no Pronaf Mais Alimentos, com a inclusão de produtores dos setores de frango, suíno e carne.
Sobre o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, o MSTTR expôs à ministra-chefe da Casa Civil a necessidade de priorizar a inclusão de outras oleaginosas, além da soja, para viabilizar a participação da agricultura familiar. Nos próximos dias, deve ocorrer uma reunião da Contag com representantes da Comissão Especial do Biodiesel, da Casa Civil, para discutir a questão do crédito para os agricultores familiares e a alteração das Instruções Normativas (IN) no programa.
Mobilização - No decorrer desta semana, cerca de 450 agricultores familiares de todas as regiões do País estarão na capital federal para cobrar do governo rapidez também em diversos projetos, dentre eles, o que trata da habitação rural.
Aproximadamente 355 mil unidades habitacionais devem ser beneficiadas com o programa. Atualmente, a maioria dos agricultores familiares vive em casas de pau-a-pique ou em moradias sem nenhuma condição digna. "Se existir uma unidade habitacional nos moldes que estão sendo tratados, trará a valorização emocional e o bom gosto do agricultor viver na sua comunidade", acredita o secretário Antoninho Rovaris. FONTE: Andréa Póvoas