Do Encontro Nacional de Comunicação do Sistema CONTAG até o último Encontro Regional de Comunicação, realizado esta semana na região Norte, foram 9 meses percorridos nas cinco regiões do Brasil (Norte, Centro-Oeste, Sul , Sudeste e Nordeste), para uma escuta direta de mais de 260 pessoas, entre dirigentes sindicais, assessores(as) de comunicação das Federações, educadores(as) populares, com foco na atualização da Política de Comunicação do Sistema CONTAG, criação e implementação da Rede de Comunicadores e Comunicadoras Populares, análise do papel da Comunicação Sindical na disputa política e de sociedade que atravessa o Brasil e, socialização da função da Comunicação da CONTAG no Plano Sustentar.
Painel: O que está em disputa no Brasil e no Norte?
Um caminhar da Comunicação do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) que rompeu a “bolha” e/ou saiu da “caixinha” do Sistema CONTAG para também escutar outras organizações que lutam pela democratização da Comunicação e pelo fortalecimento das Mídias Alternativas no Brasil, como o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o Intervozes | Coletivo Brasil de Comunicação Social, o Núcleo Piratininga de Comunicação (Npc), a Ong Repórter Brasil, o Mídia Ninja, aFederação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e as Centrais Sindicais CUT e CTB. As Universidades também trouxeram suas contribuições, a exemplo da UFPB e UEPB, durante o Encontro de Comunicação do Sistema CONTAG – Regional Nordeste.
Painel: O papel da Comunicação Sindical na dipsuta política e de sociedade no Brasil e no Norte No Encontro Nacional ou nos Regionais, muitas foram as contribuições. A regional Norte, por exemplo, acredita em uma Comunicação do Sistema CONTAG que seja mais objetiva, politizada, que dê visibilidade aos agricultores e agricultoras familiares que estão na base, produzindo debaixo de sol e chuva, e garantindo a sustentabilidade da luta sindical.
Trabalho de Grupo O Norte aposta nos meios de Comunicação: Rádio, Redes Sociais, Impressos. Mas, levando em consideração a análise de conjuntura “O quê está em disputa no Brasil e no Norte?” feita pelo presidente da CONTAG Aristides Santos e pelo secretário de Formação e Organização da CONTAG Carlos Augusto Silva (Guto), a Regional aponta em uma Comunicação feita pessoalmente pelos dirigentes sindicais do MSTTR nos mais diversos espaços que fazem as comunidades rurais da região, ou seja, as pautas dos agricultores e agricultoras familiares, defendidas pelo Sistema CONTAG, devem sair das “quatro” paredes dos Sindicatos, das Federações e da CONTAG, para serem comunicadas “olho no olho”.
Apresentações dos Grupos Ah... A Comunicação do Sistema CONTAG também deve respeitar a regionalização e os termos linguísticos de cada região. Portanto, nada de Norte, aqui é região AMAZÔNIDA!
Todos estes encaminhamentos da região AMAZÔNIDA do Brasil vieram a partir de várias reflexões que tiveram as contribuições de mais de 60 participantes dos sete estados da região (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), do jornalista do Intervozes – Marcos Urupá, do Social Mídia – Angelo Madson, do jornalista – Lucivaldo Sena, do presidente da CONTAG Aristides Santos e do secretário de Formação e Organização da Confederação Carlos Augusto Silva (Guto).
Painel: O que está em disputa no Brasil e no Norte? Assim como nas demais regiões, os participantes da região AMAZÔNIDA também assumiram o compromisso de realizarem até 2020 seus Encontros Estaduais de Comunicação Sindical e Popular, criar e/ou investir os setores de Comunicação das Federações, aplicarem um questionário de diagnóstico da Comunicação nos Sindicatos e Federações e implementar a Rede de Comunicadores e Comunicadores Populares na Regional AMAZÔNIDA.
Prosa: Comunicação Popular e Alternativa: rumo à Democratização da Comunicação “Diante do atual cenário de retrocessos que atravessa o Brasil, com ameaça de desmonte da previdência rural, entre outras retiradas de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, nós, compreendemos que a Comunicação é um investimento necessário para fortalecer a luta e a sustentabilidade sindical. Obrigado por todas as contribuições de vocês do Norte, do Nordeste, do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste, do nosso Brasil Rural. Sigamos no caminho apontado pelo 12º Congresso da CONTAG, em relação a atualização da Política de Comunicação", afirma o presidente da CONTAG, Aristides Santos.
Sobre ser Rede de Comunicadores e Comunicadoras Populares do Sistema CONTAG, compartilhamos um breve texto, do comunicador popular da região AMAZÔNIDA, Angelo Madson. “Atuar em rede é construir pontes de solidariedade; compreendendo que “o poder dos fluxos é mais importante que os fluxos de poder”!!! Ação coletiva de comunicar numa cartografia com área de cobertura do tamanho do Brasil, expressão de diversidade, cores e sotaques. A formação de uma rede de comunicação compreende uma estratégia de resistência, criação de um ecossistema comunicativo democrático, criativo, participativo aberto colaborativo. Acreditamos que a capacidade de organização e articulação da rede em nível local, nacional ou mundial, pode ditar a verdadeira possibilidade de medir forças em uma luta pela hegemonia da sociedade. A comunicação como instrumento do trabalho de base. Como disse Ranulfo Peloso: O Trabalho de Base é condição e sustento do trabalho de massas; o trabalho de massas é a expressão e consequência do trabalho de base! É tempo de semear a palavra de libertação! Mobilizar pela Comunicação Popular! Comunicação é Educação... Educação é um ato político!”
FONTE: Comunicação CONTAG- Barack Fernandes