Mais de quatro mil trabalhadores(as) rurais participaram nesta quinta-feira (27), em Aracaju, do 2º Grito da Terra Sergipe. Organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Sergipe (Fetase), com apoio da Contag, a manifestação teve inicio às 8 horas, na Praça Princesa Isabel, e percorreu a avenida João Ribeiro, Largo da Rodoviária Velha, rua Geru e rua da Frente. O encerramento se deu por volta das 14 horas, na Praça Fausto Cardoso, após audiência de lideranças sindicais com o governador Marcelo Deda. A pauta de reivindicações dos(as) trabalhadores(as) rurais, que foi discutida e elaborada pelo movimento sindical local, tinha sido entregue no início deste mês por uma comissão da Fetase ao secretário da Casa Civil, José de Oliveira. Segundo a presidente da Fetase, Maria Lúcia Moura, o secretário se comprometeu, na época, em nome do governador, a agendar audiências com os demais secretários de Estado nos dias que antecedem a realização do Grito da Terra. Eixos Estratégicos A pauta do GTS divide-se em dez eixos estratégicos: política agrícola, habitação rural, políticas sociais, proteção infanto-juvenil no campo, saúde do trabalhador e da trabalhadora rural, educação do campo, terceira idade, segurança pública no campo, assalariados e assalariadas rurais, mulheres trabalhadoras rurais, juventude do campo, política agrária e meio ambiente. A presidente Maria Lúcia destaca, entre as reivindicações, “uma reforma agrária justa e igualitária, a criação de um programa de reflorestamento e educação ambiental para a agricultura familiar e o combate ao êxodo rural, a partir de políticas públicas que atendam aos interesses da juventude e com ênfase na educação e no crédito”. Todas essas reivindicações estão ligadas à realidade das comunidades e das famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais. “Certamente obteremos resposta positiva em muitos pontos da nossa pauta e, nas questões não atendidas, vamos continuar com a nossa luta”, afirma a presidente. Contag no Grito Para a secretária de Meio Ambiente da Contag, Rosicleia dos Santos, tem um ponto na pauta deste ano, que constou nas reivindicações do Grito da Terra do ano passado, que é um dos mais importantes para o movimento sindical. “Nós insistimos na criação da Secretaria da Agricultura Familiar que venha a atender às demandas das comunidades e populações rurais, desenvolver ações para desenvolver e fortalecer a agricultura familiar em si, com maior atenção para a produção dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais. A gente esperar avançar nessa questão”, diz Rosy. A secretária acrescenta que a Contag apoia e participa da manifestação “por ser um momento histórico de fortalecimento da luta dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais de Sergipe e por acreditarmos no poder de organização e de mobilização da nossa categoria”. FONTE: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias