De 18 a 20 de agosto, representantes da Fetag/RS, junto com representantes de federações de outras regiões, vão cobrar em Brasília a apresentação de um programa habitacional para o campo. A promessa foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Cidades, Márcio Fortes, durante a negociação da pauta do Grito da Terra Brasil (GTB), realizado em maio pelo movimento sindical rural.
Na ocasião do GTB, o governo prometeu rapidez na apresentação do programa. O secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris, explica que depois das reuniões em maio houve dois encontros com o Ministério das Cidades para negociar o tema. Segundo ele, o governo fez estudos para verificar a demanda, mas a partir daí, as negociações sobre habitação rural não evoluíram.
"A discussão não se desenvolveu porque alegaram um impasse dentro do próprio governo. Portanto, não há solução até o momento e por enquanto não estamos vislumbrando essa solução", afirma.
Segundo estimativas de algumas federações, o déficit habitacional no campo é de 355 mil unidades. Esse número pode ser ainda maior, pois algumas Fetags ainda não fecharam o levantamento. "É um passivo muito grande e hoje o agricultor familiar e o assentado têm acesso a crédito para construir a casa do cachorro, do suíno, da galinha, do boi e não têm acesso a nenhum recurso para construir sua própria casa", desabafa Rovaris.
No Rio Grande do Sul, segundo o vice-presidente da federação local, Sérgio de Miranda, a demanda é de 25 mil reformas e mais de 10 mil casas novas para o campo. "Tudo isso já foi encaminhado à Caixa Econômica Federal e ao Ministério das Cidades. Esperamos que o novo programa seja aprovado o mais rápido possível para atender as demandas dos nossos agricultores familiares", disse.
A Comissão de Habitação da Fetag/RS confirmouna última semanaa realização da mobilização em Brasília. A federação quer trazer pelo menos 300 pessoas para o protesto na capital federal. FONTE: Ciléia Pontes, com informações da Assessoria de Comunicação da Fetag/RS