Os parlamentares alegam que Rondônia e Roraima são estados abandonados pela União e sofrem discriminação declarada na questão do meio ambiente. A criação de outra alternativa econômica, que não sejam apenas a pecuária e a agricultura, segundo eles, é imprescindível para os dois estados. A audiência pública ainda não tem data definida para acontecer.
Manifestando sua posição contrária ao avanço do desmatamento - até porque Rondônia já possui o seu zoneamento socioecológico e econômico definido -, Moreira Mendes ressalta que cerca de 38% da área territorial rondoniense está ocupada pela agricultura e a pecuária, sendo que 20% desse total são de áreas degradadas.
"Essas áreas degradas são capoeiras, que podem e devem ser transformadas em áreas produtivas com o plantio de cana-de-açúcar ou de biomassa para produção de biodiesel. Deixo claro que não se quer avançar em áreas de preservação. O que defendo é que essas áreas sejam mais uma fonte de emprego e renda para a população", argumenta.
Divergência
Para a audiência pública, o deputado antecipa que devem ser convidados os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, que têm idéias divergentes acerca do tema, além de autoridades ligadas ao meio ambiente e ao setor produtivo, entre elas o secretário estadual de meio ambiente de Rondônia.
"Vamos promover uma ampla discussão e mostrar que não queremos avançar na derrubada. Pelo contrário, o que queremos é aproveitar as áreas degradadas e utilizá-las como fonte geradora de riquezas para o nosso povo", concluiu. FONTE: Diário da Amazônia