Da equipe do Correio
Superada a polêmica entre órgãos do governo, o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) aprovou ontem o plantio e a comercialização de duas variedades de milho transgênico, colocando fim a um debate que já durava cerca de 10 anos. Dos 11 ministros presentes ou representados no conselho, sete votaram a favor e quatro contra a liberação. As sementes geneticamente modificadas, da Bayer CropScience e da Monsanto, tinham sido aprovadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no ano passado.
Com isso, o milho passa a ser o terceiro item agrícola transgênico autorizado no Brasil. Em 2007, dois tipos de soja e um de algodão receberam sinal verde das autoridades federais. O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, disse que a decisão do CNBS foi um avanço. "As sementes liberadas são seguras para o consumo humano, para o consumo animal e para o meio ambiente", resumiu. Entidades ambientais ou ligadas à agricultura familiar, no entanto, criticaram o governo. Algumas não descartaram, inclusive, questionar o aval dado pelo CNBS na Justiça.
Para os defensores da transgenia, as sementes melhoradas proporcionam ganhos de produtividade e maior economia na lavoura. "A aprovação também resolve o problema do produtor que não quer plantar variedades piratas", explicou Alda Lerayer, diretora-executiva do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB). Por meio de notas oficiais, a Monsanto e a Bayer CropScience comemoraram a decisão. FONTE: Correio Braziliense ? DF