A primeira mesa da tarde desta quarta-feira (28), liderada pelo coordenador da juventude da Fetag-RR, Marcos Costa, tratou da relação entre juventude e o trabalho assalariado. Os expositores apresentaram dados e experiências sobre o processo de mecanização no campo, a informalidade nos contratos de trabalho e a apresentação de projeto de assentamento dos assalariados e assalariadas rurais. A representante do Dieese, Lilian Arruda Marques, informou que, tanto na cidade quanto no campo, as mulheres possuem maior escolaridade. Além disso, o número de assalariados ocupados, que gira em torno de quatro milhões, está diminuindo consideravelmente. “Em um ano caiu em um bilhão.” A expositora também alertou quanto à informalidade nos contratos de trabalho. “De todos os trabalhadores jovens assalariados, apenas 36% têm trabalho formal.” Segundo Lilian, a região Nordeste concentra o maior índice de informalidade. Já o secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da Contag, Antonio Lucas, o outro expositor da mesa, lembrou que um grande problema enfrentado atualmente no campo é a mecanização, que a cada dia desemprega mais. O dirigente informou que o setor sucroalcooleiro emprega um milhão de pessoas. Desse total, 800 mil são trabalhadores rurais e 91% desse número é composto por jovens. “Hoje, estão empregando mais jovem para competir com as máquinas”, denunciou. Pesquisa – Durante a mesa, a Secretaria de Assalariados e Assalariadas Rurais da Contag distribuiu um formulário aos jovens para conhecer o perfil da juventude assalariada rural brasileira. FONTE: Verônica Tozzi, Agência Contag de Notícias