As ações da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, coordenadas por Carmen Foro, foram orientadas pelas estratégias e desafios identificados e definidos no planejamento estratégico da Confederação, tendo como prioridade o seguimento ao processo de diálogo e negociação de políticas públicas desencadeado com a realização da Marcha das Margaridas, em agosto de 2011.
Para Carmen Foro, os grandes desafios abraçados pelas mulheres em 2012 consistiram em fazer avançar o processo de acompanhamento da pauta da Marcha nos diversos espaços de diálogo e na construção de políticas públicas e controle social, traduzidos (na pauta nacional) para a realidade dos estados e municípios, com o objetivo de orientar os processos locais de mobilização e participação. “A necessidade de estabelecer prioridades, num horizonte de quatro anos, foi estratégico e essencial para alcançarmos resultados concretos”, avalia. As prioridades, segundo ela, foram definidas a partir da identificação de políticas estruturantes, ações, programas e políticas em construção e em implementação, e compuseram a proposta do Observatório da Marcha das Margaridas, um instrumento de acompanhamento e de orientação para a incidência política.
A reforma agrária, como política estruturante, orientou a participação das mulheres nas mobilizações e luta pela terra no âmbito de ações nacionais como o Grito da Terra Brasil e o Encontro Unitário dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas. A participação na 1ª Mobilização Nacional dos Assalariados e Assalariadas e, posteriormente, na Cúpula dos Povos da Rio + 20 foi priorizada como engajamento nas lutas por desenvolvimento sustentável com justiça e autonomia para as mulheres.
A agroecologia, priorizada na perspectiva da construção de uma política nacional, foi tema das comemorações do 8 de Março e esteve no centro dos diálogos e negociações durante a Jornada das Margaridas. No que diz respeito às políticas e programas em implementação, as ações estiveram voltadas para o Programa de Organização Produtiva, para o Crédito Apoio Mulher e para o processo de seleção dos municípios e definição da implantação das Unidades Móveis para Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta. A organização, participação e formação política e sindical estiveram permanentemente na base de todas as ações, abrangendo o processo das eleições municipais e culminando com a realização da 5ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, em preparação para o 11º CNTTR.
FONTE: Imprensa CONTAG