Trabalhadora rural e previdência social foi o tema de uma das cinco mesas de debate desta terça-feira na programação da Marcha das Margaridas 2007, que ocorre até amanhã (22) em Brasília. Uma das palestrantes, Auxiliadora Cabral, do Movimento das Trabalhadoras Rurais do Nordeste, fez um resgate histórico da luta das mulheres do campo para garantir direitos previdenciários. "Senti muita dificuldade para fazer a pesquisa, pois, existem poucos registros das mulheres. Muitas dessas memórias são apenas orais", afirmou.
Ela lembrou da criação do Funrural e do Pro-rural. Segundo Auxiliadora, foram momentos difíceis e de pouco reconhecimento de direitos para as trabalhadoras. "Mas com a Constituição de 1988 tivemos um marco no reconhecimento das rurais na previdência."
O economista Guilheme Delgado, que também participou do debate, destacou a importância de conhecer os direitos e requerer os benefícios para a trabalhadora ser atendida no tempo certo . "É interessante participar de um debate como esse para observar a diferença entre a lei vigente e da lei real", disse, referindo-se às dificuldades enfrentadas no atendimento nos postos do INSS.
Para a secretária de Políticas Sociais da Contag, Alessandra Lunas, a previdência é importante para a autonomia da mulher. "Muitas vezes é só na aposentaria que a mulher tem dinheiro para o uso livre". Alesssandra ressaltou, ainda, que a Contag é a única entidade do campo no Fórum Nacional da Previdência.
Fonte: Angélica Cordova Agência Contag de Notícias