Nós, Margaridas do campo, da floresta, das águas e das cidades, vimos através desta nota explicitar nosso repúdio à instalação do processo de impeachment contra a presidenta da República Dilma Rousseff, aprovado ontem, dia 02/12/15, na Câmara dos Deputados.
Consideramos esse ato um ataque à recente democracia brasileira e à legalidade do mandato da presidenta, ação fundamentada em falsas acusações e resultado do abuso de poder e de retaliação por parte do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.
A decisão de Eduardo Cunha de acatar a instalação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff se dá por vingança, em resposta ao apoio da base aliada, que se posicionou, pouco antes, favorável ao pedido de cassação do seu mandato, com a aprovação da admissibilidade do seu julgamento. Não admitiremos golpes forjados pelo grande capital, nem o impeachment da presidenta Dilma. Continuamos reforçando o coro de cassação a quem de fato tem sérias acusações de corrupção e abuso de poder sobre si: Eduardo Cunha.
Em agosto, nós, mulheres, fomos às ruas em defesa da democracia e gritamos “Fora Cunha!”. Seguimos, nos meses seguintes, em mobilizações em todo o Brasil, pedindo a cassação de Eduardo Cunha e de todos os projetos de lei que atacam e retiram os direitos das mulheres. Conclamamos o povo para irmos às ruas pela cobrança de uma Constituinte Soberana e Exclusiva, em nome da sobrevivência da democracia e dos direitos da classe trabalhadora! Convocamos todos os movimentos a irem junt@s às ruas mostrar nossa força e nosso apoio à democracia e ao mandato da presidenta Dilma!
Coordenação da Marcha das Margaridas FONTE: Marcha das Margaridas