Criação de cursos profissionalizantes nos Institutos Federais de Educação e nas universidades públicas baseados na realidade do campo. Ampliação e fortalecimento do Programa Nacional de Educação em Assentamentos da Reforma Agrária (Pronera) e mais recursos para a implementação das políticas de educação do campo. Esses foram os principais pontos da Carta Proposta da Juventude Rural, assinalados pelo secretário de Políticas Sociais da Contag, José Wilson Gonçalves, durante o ato político em frente ao Ministério da Educação. O dirigente informou aos participantes da Marcha da Juventude Rural que o MEC assumiu, durante o Grito da Terra Brasil (GTB) deste ano, o compromisso de incluir um capítulo sobre educação do campo no Plano Nacional de Educação (PNE). Zé Wilson também lembrou que o ministro José Temporão garantiu que os Institutos Federais de Educação serão colocados a serviço dos filhos de agricultores familiares. Mas além de socializar as conquistas do GTB 2010 que estão em processo de implementação, o dirigente da Contag cobrou urgência na publicação do decreto presidencial que estabelece um acordo entre a União e os governos municipais e estaduais para regulamentação das diretrizes operacionais de educação do campo. Por fim, ele relacionou alguns avanços do movimento sindical impulsionados pela atuação da juventude rural brasileira. “Os jovens vêm sendo protagonistas de conquistas importantes, como o Projovem Campo e a licenciatura em educação do campo”, registrou. A secretaria de Jovens da Fetape, Cícera Nunes da Cruz, defendeu, ainda, a criação de bolsas de estudos para jovens rurais beneficiários do Prouni, a ampliação do Procampo e o aumento dos recursos orçamentários para ampliar as políticas de educação do campo. A dirigente pernambucana também denunciou o modelo excludente do sistema educacional brasileiro. “Faltam mais Escolas Familiares Agrícolas, pois as poucas que existem não atendem à demanda da juventude rural. Esse modelo de educação que existe no País é excludente; e ele exclui, principalmente, o meio rural”. Cícera não parou por aí e cobrou um tratamento equânime para os jovens do campo. “Nós não estamos tendo o mesmo tratamento que as populações urbanas. É por isso que queremos atenção igual dos governos”, exigiu. FONTE: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias