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LUTA EM DEFESA DA CAUSA INDÍGEN
Luta em defesa da causa indígena
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26 de Dezembro de 2007

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da Redação

Dom Aloísio marcou a história dos povos indígenas no Ceará. Foi ele um dos principais militantes pelo reconhecimento de terras e melhoria da auto-estima das tribos

Quando o sociólogo José Cordeiro chegou no km 7 da CE-020 a pedido de dom Aloísio Lorscheider, em 6 de janeiro de 1982, os índios tapebas que estavam por ali correram. Quem conta a história é a tapeba Raimunda Rodrigues Teixeira, hoje com 64 anos, que naquela ocasião ficou para conversar com Cordeiro e confirmar que ali existia sim uma tribo. Três meses depois, dom Aloísio foi ao local para conhecê-los. Após ouvir as histórias deles, passou a militar pelo reconhecimento dos povos indígenas do Ceará.

"Dom Aloísio queria ajudar a fim de reconhecer os índios no Diário Oficial e foi o que ele fez. Depois ele mandou cartas pra Brasília pedindo a vinda da Funai (Fundação Nacional do Índio) para fazer um trabalho para reconhecer as terras", conta Raimunda. Hoje, segundo ela, 477 hectares de terras do município de Caucaia já foram reconhecidas. Ela lamenta, no entanto, que o governo Federal ainda não tenha pago as indenizações para que os cerca de seis mil tapebas tenham suas terras de volta, vendidas pelos antepassados.

"Foi ele (dom Aloísio) quem deu respeito ao povo tapeba, deu vida, moral. A gente era muito discriminado, não respeitavam. Era como se a gente fosse uns bichos, uns brutos. Lá em Caucaia chamavam a gente de marginal, flagelado, morta-fome. Depois de 1982 as coisas melhoraram", rememora Raimunda.

O casal tapeba Francisco Cláudio Alves dos Reis, 40, e Ivonilde Silva dos Reis, 49, confirma o relato. "Foi ele quem ajudou a gente a assumir a nossa identidade como índio", contou Cláudio. "A gente sabia que era índio, mas tinha medo de se reconhecer assim por causa do preconceito", complementa Ivonilde. Ela comemora que, com o auxílio de dom Aloísio, atualmente 11 etnias são reconhecidas no Estado.

Para Maria Amélia Leite, da Associação Missão Tremembé, a principal contribuição de dom Aloísio foi a visibilidade que ele conseguiu dar às etnias cearenses a partir da luta ao lado dos tapebas. Ela conta que o arcebispo usava sua influência para conversar com as autoridades locais e nacionais no intuito de conscientizá-los da importância dos povos indígenas. Segundo ela, dom Aloísio conseguia ajuda estrangeira para a construção de casas para os índios, que muitas vezes eram expulsos de suas terras.

Mas não só a terra era importante. "Ele colocava a questão das tradições, a importância delas para as tribos. Ontem (segunda-feira) estava olhando minhas anotações e estava vendo uma carta dele aos índios em que ele lembra da necessidade de se trabalhar a cultura", comentou Maria Amélia.

E-mais

Em 3 de outubro de 1984, o tapeba de nome Vitor, genro do cacique Perna de Pau, morreu. De acordo com Maria Amélia Leite, tanto a igreja quando as autoridades de Caucaia da época impediram que ele fosse enterrado no cemitério municipal.

No mesmo dia, dom Aloísio celebrou uma missa e conseguiu que o corpo fosse enterrado na terra de um homem conhecido como Zé do Caixão, conta a tapeba Raimunda Rodrigues Teixeira, esposa do atual pajé Francisco Alves Teixeira, conhecido como Alberto.

Desde então, os tapebas comemoram seu dia em 3 de outubro. Idéia de dom Aloísio.

Palavra do cardeal sobre o Dia do Índio Tapeba:

"Para esse Dia do Tapeba, quais são as perspectivas? Uma primeira grande perspectiva é que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a própria Funai, que é a Fundação Nacional do Índio, vão tomar providências que ajudem aos índios Tapeba, para que eles possam novamente viver a sua cultura, viver a sua justa autonomia e possam, nesse sentido, reencontrar-se dentro de suas memórias históricas e ser gente como tantas pessoas são gente. Há também uma grande esperança para a reunificação total dos índios Tapeba. E que eles possam entrar de novo na posse daquelas terras

que eles possuíam. E que são milhares de hectares. Ao menos tenha aquelas terras necessárias para que eles poderem levar uma vida decente, humana e digna". Aloísio Cardeal Lorscheider

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danielsampaio@opovo.com.br FONTE: O Povo ? CE



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