A saúde do Brasil agradece: a agroecologia e a produção orgânica ganharam mais um espaço de discussão. Foi lançada na manhã de hoje (14) a Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica, na Câmara dos Deputados, em Brasília. A secretária de Terceira Idade da CONTAG, Lúcia Moura, participou da mesa de abertura, com representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Emprapa e Asbraer, além do deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), autor da iniciativa da criação da frente. “A Frente Parlamentar é um local de articulação da discussão sobre esses temas entre o Poder legislativo, o governo federal e a sociedade civil. A CONTAG tem compromisso com a luta por uma produção limpa, sem o uso de agrotóxicos e substâncias que degradam o meio ambiente. Essa é uma luta iniciada há mais de 20 anos pelas mulheres e a criação da Frente Parlamentar foi uma reivindicação na Marcha das Margaridas 2011”, explica Lúcia Moura A agroecologia e a produção orgânica fazem parte da plataforma política do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, pois se referem a modos de produzir, se relacionar e viver na agricultura com respeito à diversidade de tradições, culturas, saberes, bem como a proteção à sociobiodiversidade, ao patrimônio genético e aos bens comuns como a terra, a água e o ar. Muitos são os desafios que se apresentam para nós, trabalhadores e trabalhadoras do campo, da floresta e das águas, pois o avanço ofensivo do agronegócio tem consequências destrutivas para a agricultura familiar, camponesa, indígena e para os povos e comunidades tradicionais. Os males que os agrotóxicos causam à saúde são irreparáveis, sobretudo quando se fala da produção e do consumo de alimentos. Para além dos inúmeros adoecimentos causados pelo uso dos agrotóxicos é preciso registrar o seu efeito devastador sobre os ecossistemas e a biodiversidade, comprometendo de modo irreversível as práticas sustentáveis agroecológicas e a vida. Apesar de todas as formas de resistência e manifestações, que incluem denúncias, divulgação de resultados de pesquisas, campanhas, atos e ações promovidos por diversas organizações e especialmente pelos movimentos de mulheres, o Brasil permanece o maior consumidor de agrotóxicos no mundo. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto