As negociações para a instalação do Labex Ásia (Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior) estão na fase final. A definição quanto ao país a sediar este braço da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, naquele continente deverá ocorrer até o final deste ano.
É com esta finalidade que o diretor-presidente da estatal, Silvio Crestana, encerra nesta semana uma viagem a três dos quatro países interessados em abrigar a sede do laboratório. Hoje (20) ele está na China, onde permanece até o dia 22. Na Coréia do Sul ele tem agenda na próxima quinta-feira (23).
Na reunião desta segunda-feira com os cientistas chineses Silvio Crestana volta a conversar sobre projetos de pesquisa em andamento - em especial nas culturas da soja, cogumelos e o aproveitamento da mandioca na produção de etanol. Amanhã e no dia 22 o diretor-presidente se reúne com os dirigentes da Academy of Agricultural Sciences (CAAS) e representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia da China. "Um dos assuntos de grande interesse dos cientistas chineses é a produção de etanol a partir da mandioca",observa o pesquisador Bonifácio Magalhães, supervisor de cooperação bilateral da ARI.
Também interessados em sediar o Labex Ásia, os pesquisadores da Coréia do Sul recebem Silvio Crestana na quinta-feira (23) à tarde. A reunião será em Seul, com o administrador do Departamento para o Brasil do Rural Development Administration (RDA), pesquisador Soo-Hwa.
O RDA é uma agência de desenvolvimento rural que tem unidades de pesquisas com atenção para as áreas como biotecnologia animal e vegetal, engenharia agrícola e melhoramento de plantas, entre outras.
A Embrapa e o RDA já mantém acordo de cooperação e têm realizado missões de prospecção para identificar temas de trabalho conjunto. "A viagem do diretor-presidente - que também teve uma agenda na delegação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Madri (Espanha) e Nova deli (Índia) na semana passada - servirá para reunir elementos que permitam finalizar o processo de seleção desse Labex, informa José Madeira, coordenador de cooperação internacional da Assessoria de Relações Internacionais (ARI) da estatal.
Na Índia o diretor-presidente se reuniu com dirigentes do National Bureau of Plant Genetic Research (ICAR) e o International Crops Research Institute for Semi-Ariad Tropics (ICRISAT). Além da China e Coréia do Sul, também têm interesse em sediar o Labex Ásia o Japão e a Índia.
Embora o país sede ainda não esteja definido, o modelo do Labex Ásia seguirá o do Labex Europa - que tem a sede na França, em Montpellier, e representações na Holanda e, no próximo ano, na Inglaterra. FONTE: Embrapa