A juventude rural, que participa no 11º Congresso da Contag com 22% da cota, vem efetivando políticas públicas estruturantes para seu fortalecimento e luta. Os jovens e as jovens que participam do 11ºCNTTR falam das suas expectativas, o que esperam para os próximos anos e da participação deles neste importante momento de deliberação e aprovação político-sindical rural.
Rodrigo Mateus de Bona, da região sudeste, sindicalizado no STTR de Saldanha Marinha no Rio Grande do Sul, conta que este é seu segundo Congresso. “Percebi na abertura (do 11º CNTTR) que podemos superar muitas questões da juventude rural, principalmente com relações as cotas. As discussões nos grupos estão bem acirradas e a qualidade e preparação dos delegados é bem relevante para o andamento das propostas”, conclui.
Mazé Morais é Secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Piauí (FETAG-PI) e candidata a Secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Chapa Unidade com a Base (que concorre à nova gestão da CONTAG). Segundo ela, “nós, enquanto jovens, percebemos a importância e a evolução dos debates devido a participação de toda a nossa categoria, jovens, mulheres, terceira idade, desde as assembleias regionais e as plenárias estaduais e regionais de preparação para o Congresso”.
Erci Peixoto Filho, da regional sudeste e filiado ao STTR de Pancas, ao norte do Estado do Espírito Santo, está empolgado com sua participação no 11º CNTTR. “Está valendo a pena participar desse processo por que os jovens precisam de mais políticas voltadas para a todos(as). Essas políticas, que estão sendo discutidas aqui, são um novo olhar para a permanência dos(as) jovens no campo”, disse Erci. Para ele, a juventude precisa de atenção no setor da educação, esporte, lazer, e renda no campo, que são fatores fundamentais para a sobrevivência e oportunidades.
Juliano Dioguino, do STTR de Cocoal, em Rondônia, região Norte do Brasil, disse que a juventude veio animada e com boas perspectivas. “É a primeira vez que participo do CNTTR e é gratificante encontrar os(as) jovens de ouros Estados e conhecer seus pontos de vistas. Vejo a juventude expondo o que pensa e o que precisa ser implementado em seu Estado.” Para Juliano, os jovens trabalhadores(as) rurais precisam de cursos superiores, aos quais eles ainda não têm acesso. “É uma luta muito grande. O êxodo rural é uma realidade que vivemos e isso nos preocupa por que é preciso a permanência destes jovens no campo, com dignidade e qualidade de vida”.
Lais da Silva Ducarmo, de 22 anos, é sindicalizada no STTR de Flores de Goiás, região Centro Oeste do Brasil. Ela conta que também é sua primeira vez no Congresso, e afirma que “uma melhor qualidade de vida no campo é o que nós, jovens rurais, estamos precisando. Com nossa presença no 11º CNTTR, acredito que teremos a possibilidade sermos mais participativos,” fala.
Para a secretária de Jovens Trabalhadores(as) da CONTAG, Elenice Anastácio, o debate girou muito em torno das propostas que foram construídas dentro da Plenária Nacional de Jovens. Segundo ela, “a partir das plenárias estaduais e regionais, a juventude se fortaleceu perante o conjunto do MSTTR e garantiu a valorização da juventude rural como protagonista do desenvolvimento rural sustentável, considerando-a sujeito político importante para o fortalecimento e permanência dos(as) jovens no campo.
A jovem Maria Francisca de Sousa Nascimento, 29 anos, do STTR de Matias Olimpio, Piauí, região nordeste do País, disse que a participação da juventude no 11º CNTTR está muito representativa. “É um momento importante para todos nós, pois temos uma jovem do nordeste como canditada a secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da CONTAG. E tenho certeza de que vamos chegar aos 30% de participação de jovens no próximo CNTTR”, afirma Maria.
Fotos: Carolina Almeida FONTE: Imprensa CONTAG - Carolina Almeida