A Justiça gaúcha manteve a decisão que impede militantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) de marchar por cinco municípios da Comarca de Carazinho. A decisão foi tomada pelo desembargador Rubem Duarte, da 20ª Câmara Cível, no julgamento do pedido de liminar em recurso que contesta a decisão de primeiro grau, tomada pela juíza Marlene Marlei de Souza, de Carazinho, no início de outubro.
O recurso foi encaminhado por um grupo de entidades que apóiam o MST - lideradas pela Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul -, que pediram o reconhecimento do direito de ir e vir dos sem-terra. O presidente da federação, Milton Viário, refuta o argumento da juíza de que os sem-terra queriam entrar na comarca para ocupar a Fazenda Coqueiros. "O MST tem um acampamento ao lado da fazenda, não precisaria esperar a marcha para ocupar a área", comentou.
Divididos em três colunas, os sem-terra caminham pelo Rio Grande do Sul desde 11 de setembro, anunciando que vão fazer manifestação diante da Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, na Comarca de Carazinho, para pedir que o governo desaproprie a área. A Ouvidoria Agrária nacional avisou que a fazenda é produtiva e invasores serão excluídos do programa de reforma agrária. FONTE: Estado de São Paulo ? SP