O Tribunal do Júri manteve na segunda-feira (22) a condenação a 27 anos de prisão do pistoleiro Rayfran Neves Sales, o Fogoió, pelo assassinato da missionária americana Dorothy Stang.
No segundo julgamento, que durou 15 horas, o pistoleiro Rayfran das Neves Sales, assassino confesso da missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, alegou diante do Tribunal do Júri que matou a freira em "legítima defesa". O acusado foi condenado em dezembro de 2005 a 27 anos de prisão em regime fechado. Mas a lei brasileira permite que condenados com penas maiores de 20 anos de prisão tenham o direito a novo julgamento.
Dorothy Stang defendia a reforma agrária no Pará e vinha denunciando a devastação da floresta amazônica. Ela tentava implantar um projeto de desenvolvimento sustentado com pequenos agricultores. Isso contrariava interesses de grandes fazendeiros, alguns acusados de grilagem e desmatamento. Cerca de 90 trabalhadores rurais de Anapu, onde a missionária foi morta, foram ao julgamento.
Agência Contag de Notícias
Com informações da FolhaOnline