A mesa-redonda que discutiu a questão da educação no campo e a formação profissional dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais levantou problemas enfrentados por alguns jovens em suas cidades e deu esperanças a outros. O sindicalista de São José do Seridó, no Rio Grande do Norte, Manoel Aurélio Dantas, de 30 anos, considerou importante o debate sobre o tema e ficou entusiasmado com as promessas dos representantes do governo. “Vou contar tudo o que aconteceu aqui para as pessoas que moram no mesmo assentamento que eu”, diz. O baiano de Cruz das Almas Gilson dos Santos Conceição, de 25 anos, também ficou animado com os compromissos assumidos. “A cada evento tenho a esperança de que vamos chegar a uma situação ideal”, deseja. “Saio daqui com a vontade de lutar para que meu povo tenha educação de qualidade e diferenciada. Só assim eles terão chance de ficar com suas famílias sem precisar sair em busca de novas oportunidades”, afirma. Já a mineira de Janaúba Renata Pereira da Silva, de 27 anos, aponta as dificuldades que identificou em sua cidade. Ela terminou o ensino médio e não teve oportunidade de dar continuidade a seu processo educacional. “Aqui não tem universidade, então parei de estudar”, conta. “Também não há acesso à internet, o que dificulta a inscrição em concursos ou até no próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, revela. FONTE: Rafael Nascimento, Agência Contag de Notícias