A Esplanada dos Ministérios foi ocupada nesta manhã de 2 de abril por milhares de jovens. O ato nacional da Jornada de Lutas da Juventude Brasileira foi marcado pela união entre a juventude do campo e da cidade em torno da mesma pauta. As principais reivindicações são a aprovação do Estatuto da Juventude, a reforma agrária, trabalho decente para a juventude, 10% do PIB para a Educação, contra o avanço do agronegócio, contra o extermínio da juventude negra, pelo fim da violência contra as mulheres, dentre outras questões também importantes. A concentração dos(as) jovens aconteceu no Museu Nacional e a marcha seguiu por toda a Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. Ao longo do percurso, foram realizados atos em frente aos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Planejamento, da Agricultura (MAPA) e da Saúde. No MDA, a juventude reivindicou uma ampla e massiva reforma agrária, a manutenção das escolas no campo, dentre outras políticas públicas que possibilitem a permanência dos(as) jovens no meio rural com dignidade e qualidade de vida e trabalho. Em frente ao MAPA, a secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Elenice Anastácio, destacou as principais demandas da juventude rural. “Para que se tenha desenvolvimento no país é preciso que haja a política de reforma agrária no país. Atualmente, ela está sendo atropelada pelo agronegócio brasileiro. O agronegócio também é responsável pelo assassinato dos nossos trabalhadores(as) e dos nossos direitos. Mas, não queremos a terra pela terra, e sim com condições fundamentais para poder viver nela.” Segundo a secretária, dos 4,9 milhões de assalariados e assalariadas rurais no Brasil, metade é jovem e trabalha na informalidade. “Portanto, não esquecemos da juventude rural assalariada nesta pauta. Pautamos a redução da jornada de trabalho, fim da precarização do trabalho, trabalho decente, qualificação profissional e acesso ao ensino superior, dentre outras políticas.” Elenice completou: “Nós, jovens do campo, sonhamos com um futuro melhor. Queremos terra, queremos educação, queremos casa digna para morar!” Ao chegar no Congresso Nacional, todos reivindicaram a aprovação do Estatuto da Juventude, que entrará em votação amanhã, 3 de abril, no Senado Federal. Nesse momento, o grito de guerra foi: “Quando juventude do campo e da cidade se unir, a burguesia não vai resistir”. Nesse momento, uma comissão composta por representantes das organizações sociais e sindicais e de movimentos estudantis está reunida com o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que receberá da juventude o manifesto com as reivindicações. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi