O senador João Tenório (PSDB-AL) defendeu nesta quarta-feira (26) maior abertura do mercado norte-americano ao etanol brasileiro, por meio de cotas de importação, que poderiam chegar a 2 bilhões de litros ao ano. Tenório reconhece que "para garantir a maturidade do setor produtivo norte-americano, seria aconselhável manter, no curto prazo, a sobretaxa sobre o etanol brasileiro". Mas ele ponderou que o mecanismo de cotas para exportação do excedente de produção brasileira, no entanto, é essencial.
- É fundamental darmos continuidade ao processo de expansão que estamos experimentando, sem grandes desajustes entre oferta e demanda - disse o senador.
João Tenório, presidente da Subcomissão Permanente dos Biocombustíveis (Crabio) da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, disse ter apresentado a idéia a senadores norte-americanos, dos quais teria recebido sinais positivos. A única exceção teria sido o senador republicano, pelo Tennessee, Bob Corker, que se manifestou contrário à sobretaxa desde já.
Outro republicano, Richard Green Lugar, do estado de Indiana, além de simpatizar com a proposta das cotas, disse a João Tenório que é defensor do etanol brasileiro e do fim gradual da sobretaxa. Ele mostrou-se favorável ainda à parceria Brasil-Estados Unidos, formalizada em acordo, e à revisão das legislações dos dois países a respeito do combustível.
- Em todas as audiências que tive recentemente em Washington, deixei claro que se quisermos realmente transformar o etanol em um combustível global, é fundamental que o Brasil e os Estados Unidos tenham seus setores produtivos em bom funcionamento e em expansão - relatou João Tenório.
O senador participou entre os dias 4 e 6 deste mês da Conferência Internacional de Energia Renovável de Washington (Wirec 2008), à qual esteve presente o próprio presidente George W. Bush.
João Tenório pôde constatar, de um lado, que o mundo inteiro está discutindo, incentivando, pesquisando e produzindo alternativas de energia renovável. De outro, que o Brasil é visto como um protagonista nesse processo, principalmente por causa da produção de etanol e de energia de biomassa.
Nelson Oliveira / Agência Senado FONTE: Agência Senado ?DF