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INPEV RECOLHE 57T DE EMBALAGENS
Inpev recolhe 57t de embalagens de agrotóxicos
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08 de Janeiro de 2008

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inpev recolhe 57t de embalagens

Ubajara. Em 2007, a única central de recebimento de recipientes vazios de agrotóxicos do Estado do Ceará, localizada no município de Ubajara, na Serra da Ibiapaba, recolheu 57 toneladas de embalagens rígidas (plástico e vidro), flexíveis (sacos plásticos) e secundárias (caixas de papelão). Caso não tivessem tido a destinação correta, as embalagens estariam no campo colocando em risco a saúde das pessoas e contaminando solos, rios e, também, lençol freático.

Apesar do número expressivo, o representante estadual do Instituto Nacional de Embalagens Vazias (Inpev) e presidente do Sindicato Rural de Ubajara, Inácio de Carvalho Parente, disse que, ainda, a maioria absoluta das embalagens vazias é advinda, quase exclusivamente, do grande produtor rural. E que o pequeno agricultor está, aos poucos, aprendendo a assimilar essa cultura.

"Todo usuário, por lei, deve devolver as embalagens vazias, sob pena de fiscalização e multa. Mas, quem devolve, efetivamente, é o empresariado rural. O trabalhador menor ainda não tem consciência do que isso representa para sua saúde, dos familiares e ao meio ambiente rural. Infelizmente, somente o grande produtor é que tem devolvido as embalagens", disse.

Em quatro anos de funcionamento no alto da Serra, a Inpev Cearense conseguiu devolver para a sede do Instituto, em São Paulo, mais de 200 toneladas de material para reciclagem e incineração. O representante do Inpev destacou que, para a construção de gerações ambientalmente responsáveis, a educação e conscientização do agricultor em relação ao correto manuseio, lavagem e devolução das embalagens é responsabilidade do poder público, distribuidores e fabricantes de defensivos agrícolas.

"Nós não vamos onde está a embalagem, porque aqui é uma central de recebimento. O produtor deve vir devolver quando tiver uma quantidade que compense. Depois que recebemos, fazemos inspeção, classificação, emitimos recibo confirmando a entrega e encaminhamos para a devolução".

Falta de informação

De acordo com Inácio, as centrais de recebimento são instaladas em determinada região em decorrência do que a indústria coloca no mercado. Hoje, os nove municípios da Serra da Ibiapaba somam cerca 200 hectares no cultivo de tomate e dois mil hectares de hortaliças diversas. Para atender tamanha demanda, a região conta com, nada menos que, 29 revendas de agroquímicos e insumos para a agricultura. Mas, apesar do esforço do Inpev para minimizar o impacto dos venenos utilizados, a falta de informação continua sendo o grande vilão para a saúde do produtor e do consumidor.

"Quando temos embalagens suficientes para uma carrada, o Instituto manda um carro para a coleta. Para nós que moramos na Ibiapaba, e que temos um único reservatório para abastecer quase dez municípios (a Ibiapaba é servida pelas águas do Açude Jaburu), isso é uma riqueza porque eliminamos um risco que pode comprometer vidas", salientou.

A desinformação no meio do pequeno produtor rural é tanta que, além de não devolver as embalagens de veneno que aplica na agricultura, muitos ainda cultivam o hábito de reutilizar os recipientes vazios para acondicionar água e grãos.

"Pessoas reutilizam embalagens para guardar gêneros alimentícios e água potável. Tem o caso de uma família inteira intoxicada porque foi colocado sal de cozinha numa embalagem de agroquímico. Todos foram parar no hospital e a mãe detida por suspeita de tentativa de homicídio. Depois ficou constatado que foi por ignorância". Ele continuou. "No meio rural as pessoas transportam água dos açudes nas embalagens vazias. Isso pode matar ou criar problemas neurológicos. Na Ibiapaba, temos alto índice de leucemia e muita gente desconfia que é pelo uso irracional de agroquímicos. Mas, infelizmente, não tem como mapear isso, porque o câncer quando se instala é difícil detectar de onde veio". Segundo Inácio, o problema não é o comércio de agrotóxico, mas o uso errado na lavoura. "Amanhã tem feira na Ceasa, eles pulverizam hoje. Não observam a carência que cada agroquímico determina. Se aplicar hoje, tem que passar de sete a 15 dias sem levar para o mercado. Mas aqui as pessoas usam de forma irracional, comprometendo a própria vida e a do consumidor", destacou.

Questionado a respeito de soluções eficazes para que as informações cheguem aos produtores, Inácio foi taxativo. "Se perguntar a um trabalhador rural, provavelmente, ele não saberá falar sobre os riscos do uso desses produtos, até porque, muitas vezes, não sabe ler o rótulo. Por mais que ele veja suicídio, depressão, perante a necessidade econômica, fecha os olhos para isso. A esperança está na educação. Só ela pode salvar tudo isso aqui".

Natercia Rocha

Repórter

TRABALHO EFETIVO

Uso se expandiu com aumento de cultivo

Ubajara. De acordo com o gerente regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) de Tianguá, Cícero Teles, quando a instituição chegou à Serra da Ibiapaba, em 1976, estava sendo iniciado o uso de agrotóxicos no cultivo de tomateiro e pimentão. Hoje, a produção se expandiu para hortaliças e fruteiras, mais precisamente repolho, chuchu, berinjela, acelga, cenoura, beterraba, jiló, couve-flor e, principalmente, maracujá. E todos continuam utilizando agrotóxico.

"Mas há distinção entre hoje e ontem. A assistência técnica orienta o período de carência, que é o intervalo entre a última aplicação e a primeira colheita. Mas faltam técnicos da extensão rural para assistir ao produtor de maneira sistemática. Muitos vendedores vão até os sítios, não esperam o produtor comprar na loja. São quantidades apreciáveis, levadas, principalmente, aos produtores maiores, vendas a nível de atacado". Conforme ele, assim, não há como o engenheiro agrônomo ou técnico agrícola ter controle da venda desse tipo de veneno. "Só sabemos quando o produto está na propriedade. A venda do veneno, por lei, deveria passar pelo receituário agronômico. Mas não é cumprido", disse.

Segundo o gerente, antes era comum produtores pendurarem nas cercas embalagens vazias de agrotóxicos como símbolo de poder aquisitivo. "Eles exibiam embalagens para impressionar uns aos outros. Mas, hoje, a Ematerce trabalha articulada com o Inpev e essa imagem está desaparecendo. Já diminuiu muito", concluiu.

SAIBA MAIS

Risco à saúde

O principal motivo para dar destinação final correta às embalagens vazias de agrotóxicos é diminuir o risco à saúde das pessoas e de contaminação ao ambiente. Como a maioria das embalagens é lavável, é fundamental essa prática para devolução e destinação final correta.

Devolução

O agricultor deve preparar as embalagens vazias para devolvê-las nas unidades de recebimento, considerando que cada tipo de embalagem deve receber tratamento diferente.

Lavagem

Para realizar a tríplice lavagem é preciso esvaziar totalmente o conteúdo da embalagem no tanque do pulverizador; adicionar água limpa à embalagem até 1/4 do volume; tampar bem a embalagem e agitar por 30 segundos; despejar a água da lavagem no tanque do pulverizador; inutilizar a embalagem plástica ou metálica, perfurando o fundo; armazenar em local apropriado até o momento da devolução.

Prazo

As embalagens vazias devem ser devolvidas com as tampas e rótulos quando o agricultor reunir uma quantidade que justifique o transporte. O agricultor tem o prazo de até um ano depois de compra para devolver as embalagens vazias. Se sobrar produto na embalagem, poderá devolver até seis meses após o vencimento.

Mais informações

A Central de Recebimento de Ubajara, funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h

Avenida Cel. Francisco Cavalcante

(88) 3634.1711 FONTE: Diário do Nordeste ? CE



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